CONHEÇA AS NOVAS DESCOBERTAS DE FRUTAS NATIVAS ENCONTRADAS NAS ESPEDIÇÕES REALIZADAS ABRANGENDO O PERIODO DE JANEIRO DE 2.014 A FEVEREIRO DE 2.015.

 

 

 

                                        Leia a primeira coluna,

depois a segunda coluna

 

O ano de 2.014 não foi muito promissor para se encontrar os frutos produzidos por nossas plantas silvestres por causa do índice de chuva que foi abaixo da média cerca de 700 mm anuais em vista do volume normal de 1300 mm para a minha região.

 

Apesar disso, realizei expedições significativas encontrando espécies raras, algumas sem frutos ou flores por cauda da chuva e outras nos presentearam com frutos raros e saborosos.

 

Visitamos uma área paludosa da Floresta semidecidual presente nas margens do Rio Guareí em Angatuba SP e nesse lugar encontramos arvores gigantes da floresta primitiva que nunca foi derrubada. Na trilha abaixo Um gigantesco Suinã (Erytrina falcata) e minha equipe passando por baixo.

 

 

Nessa floresta pudemos encontrar grandes arvores de Guaxingaba (Exostyles godoyensis) e do Guapurutí (Plinia rivulsaris) que já havíamos encontrado anos antes e que agora temos mudas disponíveis dessas saborosas frutas da floresta semidecidual.

 

Nesta floresta também encontramos outras gigantescas arvores, e uma delas nos surpreendeu pelo deliciado aroma dos fruto (vagens caídas) aroma esse bem semelhante a bolachas de chocolate e mel ou cheiro de bolo de mel. Tal arvore é rara em estado nativo, sendo conhecida por suas belas flores e por seu cultivo na arborização urbana e praças ou estacionamentos. Essa arvore é conhecida como Canafistula ou Buquê de noiva mais seus frutos e seu nome indígena e sua utilização alimentar ou nutricional sequer são conhecidos! Seu nome indígena e cientifico é: TIMBURIBA (CASSIA LEPTOPHYLLA)

 

Abaixo estão fotos de 2 frutíferas que não estavam e não frutificaram em 2.014:  O Pitaguará de cacho (Chionanthus filiformis) da família das Oleaceas e que dá um fruto de 1,6 cm de cor azul e o raríssimo exemplar de Vaiva (Prunus chamissoana) que dá pequenas cerejas aciduladas.  Veja a foto abaixo:

 

No mês de Abril até o mês de agosto não sai em expedição alguma, por causa da seca que causou fracasso na produção dos frutos e porque nesse período fizemos uma revisão e uma organização da coleção de frutíferas cultivadas que somam mais de 1.000 espécies de frutíferas nativas. Clik aqui para ver a coleção completa.

 

Nesse gigantesco trabalho também aproveitei para revisar e corrigir algumas espécies que estavam duvidosas. Duas espécies que agora estão identificadas exatamente são:

A deliciosa Abiurana (Pouteria torta) que tem gosto de leite condensado e é nativa da mata atlântica.

A aromática e muito rara Perinha do campo (Eugenia arenosa) que tem gosto de Pera e Uvaia, nativa dos cerrados paulistas.

Temos mudas disponíveis dessas duas espécies, veja nossa lista no fim dessa coluna. 

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Depois que passou o inverno, algumas rápidas chuvas salvaram as plantas da seca e a fauna da fome porque com as chuvas as arvores passaram a produzir mesmo que racionadamente pois o índice de chuvas ainda era baixo. A partir de setembro voltamos a percorrer a floresta semidecidual e encontramos em flor uma rara espécie da Família das Burceraceas; que chamamos de Guapuicí-una e que identificamos como Protium kleinii, cuja foto da flor tirada em fins de setembro e foto dos frutos tirada em inicio de dezembro, veja abaixo:

Estamos produzindo mudas dessa raridade que tem gosto de Jabuticaba e é bem refrescante.

 

Detalhe das raízes no tronco do Pitaguará e abaixo detalhes das folhas

 

Abaixo está a foto do tronco e das folhas do

Vaiva (Prunus chamissoana) Ainda temos duvida na identificação da espécie; tendo apenas certeza que trata-se de um Prunus.

 

Em outubro encontramos uma rara myrtacea com flores em botão que identificamos como Pitangão de Graxaim (Neomytranthes glomerata), mais que por causa da falta de chuva. Não produziu esse ano. Abaixo foto do ramo com botões florais.

 

 

No mês de novembro de 2.014 voltamos na floresta semidecidual de altitude onde pudemos encontrar no meio do sub-bodque uma arvore pequena e de bela folhagem que identificamos como sendo uma Myrtacea. Após acharmos flores e frutos pudemos identifica-la como Cambucá-pitanga (Eugenia brevistyla).

 

Em inicio de Fevereiro de 2.015 depois de boas chuvas em dezembro e Janeiro, voltamos ao cerrado para ver se encontrávamos frutas de uma Curriola Peluda (Pouteria hispida) chamada na região de ‘Leiteiro preto’ que até então não estava identificada e em nossas andanças insistentes pudemos achar os últimos exemplares da saborosíssima Curriola (Pouteria ramiflora) que lamentavelmente se extingue no seu limite austral de ocorrência aqui no estado de São Paulo. Estamos tentando salvar essa variedade criola que ocorre aqui.

 

Terminamos o relatório de expedições desse ano com uma linda foto do Guatucaí ou Fruta de Tatu que encontramos esse ano depois de uns 3 ou 4 anos sem encontrar plantas frutificadas. Desfrute dessa rara foto:

 

NOVIDADES: 

Abaixo estão os links de outras frutíferas que começaram a produzir em meu pomar em 2.014:

 Guabiroba obí (Campomanesia grandiflora)

Inharé vermelho (Castilla ulei)

Jambolao do mato (Eugenia macrosperma)

Jabuticaba da praia (Eugenia rotundifolia)

Jabuticaba do campo (Plinia nana)

Vapurunga (Eugenia convexinervia)

 

Em 2.014 também recebemos as seguintes frutas coletadas por amigos amantes das frutas:

 

Castanha Alada (Allatococcus siqueirae)

Capiximba vermelha (Mollinedia pachysandra)

Pindauva Rubí (Duguetia riedeliana)

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Temos mudas de quase todas essas raras frutíferas que você pode adquirir consultando a nossa lista com + de 300 espécies de mudas frutíferas para venda.

 

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