POUTERIA
GUIANENSIS Antes P. hispida FAMILIA DAS SAPOTÁCEAE |
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ARVORE |
FLORES |
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FRUTOS |
FRUTOS, POLPA E SEMENTES |
NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: CURRIOLA PELUDA ou CURRIOBA vem do Tupi, e significa ”Fruta que deixa escorrer leite”. Também é chamada de Abiu-carriola, Leiteiro preto (na região de Angatuba – SP), Grão de Galo e Guapeva pilosa. Até o momento essa espécie era classificada erroneamente como Pouteria torta. Mais agora com a identificação exata que fiz, a espécie deve ser incluída na lista da flora do Estado de São Paulo.
Origem: Espontânea de vários ecossistemas de solos arenosos de campos e formações mais fechadas dos cerrados, aparecendo nos estados da Amazônica, Pará, Maranhão, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, tendo seu limite sul no estado de São Paulo, Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Pouteria_guianensis
OBSERVAÇÕES: POUTERIA HISPIDA E TORNA SINONIMIA DE POUTERIA GUIANENIS QUE É O NOME VÁLIDO ATUTALMENTE. ESSA FRUTIFERA RARA DO CERRADO FOI ENCONTRADA POR MIM NUM CERRADÃO DE SOLO ARENOSO DO MUNICIPIO DE ANGATUBA- SP EM DEZEMBRO DE 2.009.
A ARVORE É GRANDE E SÓ AGORA PUDE IDENTIFICAR A ESPÉCIE COM PRECISAO. A PRIMEIRA VISTA, EU ACHAVA QUE ERA UMA VARIEDADE DA CONHECIDA CURRIOLA (Pouteria ramiflora) POIS AS FOLHAS E O TRONCO SÃO BEM PARECIDOS, EMBORA ALGUNS DETALHES DIFERENCIAM-NA NITIDAMENTE. SÓ NO FINAL DE 2.014 É QUE PUDE IDENTIFICAR PRECISAMENTE COMO Pouteria hispida.
Compare as exsicatas de
vários herbários em: http://fm2.fieldmuseum.org/vrrc/max/SAPO-pout-hisp-bra-2131692.jpg
e
em http://fm2.fieldmuseum.org/vrrc/max/SAPO-pout-hisp-1080840.jpg OU EM http://fm2.fieldmuseum.org/plantguides/view.asp?chkbox=10783
IDENTIFICANDO: Essa espécie difere-se nitidamente da Curriola (Pouteria ramiflora) por apresentar tronco acinzentado e enegrecido (parecendo que sofreu queimaduras pelo fogo) e por ter fissuras verticais e cristas elevadas, enquanto que na Curriola o tronco tem fissuras com aspecto quadriculado. As folhas e os frutos dessa espécie tem pelos hispidos (rijos), enquanto que a curriola não tem.
Essa espécie também diferencia-se da Abiurana (Pouteria torta) por ter folhas coriáceas (rijas) com pelos hispidos de cor ferruginosa nas nervuras principais e ápice (ponta) emarginado (com pequena reentrância) enquanto que a Abiurana tem folhas papiráceas (como papel) e apice acuminado) com ponta longa.
Características: Arvore lactescente de 4 a 8 metros quando cultivada (ou até 35 m quando na mata da floresta amazônica) com copa em forma de taça com galhos bem distribuídos. O tronco geralmente é cilíndrico, porém retilíneo (direito), medindo 20 a 40 cm de diâmetro; com casca acinzentada a enegrecida, com superfície fissurada (como canaletas profundas) no sentido vertical. Os ramos novos e as gemas (brotação) são cobertos de pelos híspidos (rijos) de cor ferrugínea. As folhas são inteiras, alternas, espiraladas, coriáceas (rijas como couro), reunidas no ápice dos ramos e com nervuras bem evidentes por causa da cor diferenciada (creme ou ferruginosa quando mais velha) em ambas as faces. A lamina é oblonga (mais longa que larga), medindo 7 a 20 cm de comprimento por 4 a 8 cm de largura, com base e ápice arredondado observando o detalhe de ter uma pequena reentrância (como coração) que facilmente identifica a espécie. O pecíolo (haste ou suporte) é largo e achatado de cor e textura aveludada, medindo 1,5 a 3 cm de comprimento. As flores surgem nos ramos e galhos com diâmetro inferior a 3 cm e são sésseis (sem cabinho), agrupadas em feixes; estas medem 8 a 10 mm de altura, e tem cálice amarronzado com pelos híspidos. Os frutos são bagas ovaladas de 5 a 9 cm de diâmetro com casca ferrugínea no inicio, depois amarronzada e quando totalmente madura fica amarelada e sempre com pelos híspidos (rijos), a casca tem parede espessa e polpa branca escassa, leitosa, as vezes bem liquida com sabor de leite com açúcar, envolvendo 1 ou 2 sementes oblongas (mais longa que larga).
Dicas para cultivo: Planta de crescimento lento na faze juvenil, que aprecia qualquer tipo de solo com alguma textura arenosa ou argilosa (porem drenada), podendo ser fracos ou com boa fertilidade natural, profundos e de rápida drenagem da água das chuvas. Pode ser cultivada em todo o Brasil, em qualquer altitude; pois é extremamente adaptável a secas prolongadas e a geadas leves de até - 3 grau. A planta frutifica abundantemente em pleno sol, mais não deve faltar água na época da florada e granagem dos frutos. Começa a frutificar com 8 a 10 anos a depender do clima e tratos culturais. Em solos somente arenosos a planta frutifica a cada 2 ou 3 anos .
Mudas: As sementes são oblongas (mais longa que larga) com casca marrom clara e amarelada e lisa e com cicatriz no seu comprimento, medindo 4 a 5 cm de comprimento por 1 a 1,5 cm de largura. São recalcitrantes (perdem o poder germinativo se forem secadas), por isso devem ser plantadas logo que despolpadas, colocando 1 semente por embalagem individual contendo substrato de 40% de terra vermelha, 30% de matéria orgânica e 30% de areia. A germinação se inicia com 40 a 60 e tem percentual médio de 60% para sementes frescas. As mudas devem ser formadas em pleno sol e atingem 30 cm com 10 a 12 meses de vida.
Plantando: Recomendo que seja plantada a pleno sol num espaçamento 6 x 6 (em climas subtropicais) ou 8 x 8 m (em climas tropicais) em covas abertas com no mínimo 2 meses antes do plantio, estas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e convém misturar 2 pás de areia saibro avermelhada + 6 pás de matéria orgânica aos 30 cm de terra da superfície da cova; misturando junto + 500 g de calcário e 1 kg de cinzas de madeira. A melhor época de plantio é outubro a novembro, convém irrigar 10 l de água após o plantio e a cada 15 dias se não chover, tomando esse cuidado nos primeiros 6 meses após o plantio.
Cultivando: A planta cresce lentamente nos primeiros 2 anos após o plantio e não necessita de cuidados especiais, apenas deve-se cobrir a superfície com capim cortado e eliminar qualquer erva daninha que possa sufocar a planta. Deve-se fazer podas no fim do inverno, visando a formação da planta, eliminando ramos e brotos da base e todo o excesso de ramos que nascerem voltados para o interior da copa. Adubar com 3 pás de composto orgânico feito de esterco de galinha curtido e 30 gramas de NPK 10-10-10, dobrando a quantidade até o quarto ano, depois é só manter consecutivamente. Distribuir os nutrientes à 5 cm superficialmente a 20 cm do caule no inicio do mês de agosto ou setembro.
Usos: Frutifica nos meses de dezembro a março. Os frutos são deliciosos e tem gosto de leite adoçado, sendo ótimo para o consumo in natura e como sobremesa. A polpa pode ser usada para rechear bolos e para fazer sorvetes. A árvore não deve faltar em projetos de reflorestamentos, pois seus frutos alimentam diversas espécies de animais. A madeira é resistente e tem diversos usos para obras externas e internas. É uma espécie que corre risco de extinção no estado de São Paulo.
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