EUGENIA BREVISTYLA

 

FAMILIA DAS MYRTACEAE

 

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TRONCO

FOLHAS SEMELHANTE AS DE CAMBUCÁ

FRUTOS

FRUTOS, POLPA E SEMENTES

 

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: Chamamos de CAMBUCÁ-PITANGA porque a planta tem folhas muito semelhantes ao cambucá e frutos vermelhos que assemelham ao de pitanga. Também é chamada de Guamirim-Pitanga.  

 

Origem: Originaria da floresta semidecidua acima de 500 m de altitude e da floresta atlântica; onde aparece ocasionalmente. Habita os estados de São Paulo, até o Rio Grande do Sul, Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Eugenia_brevistyla

 

OBSERVAÇÕES: Espécie rara descoberta em nossas expedições em resgate das frutas em meados de outubro de 2.014 nos remanescentes ou manchas restantes da floresta semidecidual no município de Angatuba SP, onde localizamos apenas 2 exemplares. Antes esta espécie era chamada de Calycorectes australis, depois passou para Eugenia neoaustralis, e agora é Eugenia brevistyla.

 

Características: Árvore de 4 a 6 metros (ou até 16 m quando na mata) com copa piramidal, compacta e de folhagem perene, o troco é  bifurcado tortuoso e cilíndrico, com casca fissurada que se solta em planas espessas no sentido longitudinal; tendo coloração acinzentada. As brotações e ramos novos tem tricomas (pelos em forma de T) acastanhados de 3 mm. As folhas são inteiras, obovadas (com forma de ovo invertido, com a parte mais larga voltada para o ápice) e lanceoladas, opostas e glabras (sem pelos). Tem textura cartácea (como cartolina), medindo 8 a 12 cm de comprimento por 2,7 a 4 cm de largura com 10 a 18 nervuras laterais de cada lado. O pecíolo mede 8 a 10 mm de comprimento, a base da lamina é cuneada (com forma de cunha) e o ápice é acuminado (com ponta longa). As flores são nascem nos ramos maduros em racemos (tipo da cacho) de 1 a 2 cm, com 2 a 6 flores. As flores são cíclicas (distribuídos em vários ciclos), diclamídeas (com dois envoltórios) e medem 1 cm de diâmetro; tendo cálice (invólucro externo da flor) cupulado (com forma de cúpula) com 4 sépalas livres de 7 mm de comprimento e corola (invólucro esterno) com 4 a 5 pétalas brancas. Os frutos são oblongos (mais longo que largo) e medem 1,5 a 2,2 cm quando maduros e tem coloração avermelhada, contendo 1 semente arredondada e pequena no centro.

 

Dicas para cultivo: Planta de crescimento moderado que aprecia qualquer tipo de solos com boa fertilidade natural e rápida drenagem da água das chuvas. Pode ser cultivada em todo o Brasil em qualquer altitude. É resistente a geadas leves de até -3 grau e resiste a secas de até 6 meses após a planta estar estabelecida. A planta frutifica abundantemente em pleno sol, mais não deve faltar água na época da florada e granagem dos frutos. Começa a frutificar com 4 a 5 anos a depender do clima e tratos culturais. Também pode ser cultivada na sombra onde frutifica bastante.

 

Mudas: As sementes são redondas, recalcitrantes (perdem o poder germinativo se forem secadas) e germinam em 40 a 60 dias se plantadas em substrato de 40% de terra vermelha, 40% de matéria orgânica e 20% de areia branca de rio. Podem ser plantadas em jardineiras e quando atingirem 10 cm podem ser transplantadas para embalagens individuais. As mudas devem ser formadas na sombra e atingem 30 cm com 10 a 12 meses de vida.

 

Plantando: Recomendo que seja plantada a pleno sol num espaçamento 5 x 5 ou 6 x 6  m em covas abertas com no mínimo 2 meses antes do plantio, estas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e convém misturar 2 pás de areia de rio + 6 pás de matéria orgânica aos 30 cm de terra da superfície da cova; misturando junto + 500 g de calcário e 1 kg de cinzas de madeira. A melhor época de plantio é outubro a novembro, convém irrigar 10 l de água após o plantio e 1 vez por semana se não chover; nos primeiros 6 meses após o plantio.

 

Cultivando: A planta cresce lentamente nos primeiros 2 anos (após isso cresce rápido) e não necessita de cuidados especiais, apenas deve-se cobrir a superfície com capim cortado e eliminar qualquer erva daninha que possa sufocar a planta. Deve-se fazer podas no fim do inverno para fazer a formação da planta eliminando ramos e brotos da base e todo o excesso de ramos que nascerem voltados para o interior da copa. Adubar com 3 pás de composto orgânico feito de esterco de galinha curtido e 30 gramas de NPK 10-10-10. Distribuir os nutrientes à 5 cm superficialmente a 20 cm do caule no inicio do mês de outubro.

 

Usos: Frutifica nos meses de outubro a dezembro e às vezes fevereiro. Os frutos são deliciosos para serem consumidos in natura ou aproveitados para fazer sucos, doces, rechear bolos e sorvetes. A árvore é ornamental e ótima para arborização urbana e as flores são melíferas. Essa espécie não pode faltar numa bela coleção de frutas silvestres brasileiras.

 

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