CONHEÇA AS NOVAS DESCOBERTAS DE FRUTAS NATIVAS ENCONTRADAS NAS ESPEDIÇÕES REALIZADAS ABRANGENDO O PERIODO DE JANEIRO DE 2.012 A DEZEMBRO DE 2.012. |
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O trabalho em resgate das frutas sempre continua e com maior entusiasmo pelo fato de se saber que as criações divinas são inesgotáveis, fato este mencionado por certo cientista que disse: “Quanto mais se aprende, mais nos damos conta de que tão pouco sabemos”. Com isso em mente continuamos a investigar os remanescentes florestais de nossa região.
No começo do ano não fui muito bem sucedido em encontrar frutas; mais encontrei outras plantas alimentícias pouco conhecidas. Em fins do mês de Janeiro localizei nas margens do rio Guarí no município de Angatuba – SP um cipó cujas folhas estavam sendo devoradas por macacos bugios, aproveitei para experimentar as folhas que tem gosto de folha de Carurú ou Couve refogada. Depois de pesquisar um pouco descobri que se tratava de cipó caruru (Trichostigma octandrum) da família das Phytollacaceas. Além de folhas novas comestíveis essa espécie produz cápsulas minúsculas que dá um arilo branco muito apreciado por pássaros. Conheça a planta nas fotos abaixo:
Caule da planta e abaixo folhas e frutinhos
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No mês de Abril visitamos outra área de floresta semidecidua e deparamos com algumas frutas já conhecidas como: a gorogoia, a fruta de tucano e a porangaba; todas elas muito importantes na alimentação dos pássaros e pequenos animais. Nessa ocasião encontramos 2 arvores raras nunca vista antes nas minhas expedições, a primeira delas de caule amarelado só consegui identificar em 2.013 e a segunda consegui identificar mais facilmente; sendo a Maria mole ou Arvore couve (Pisonia ambígua) da família das Nictaginaceas cujas folhas são comestíveis depois de refogadas (dar uma fervida e jogar a primeira água e depois pode refogar). Veja a foto abaixo:
Foto das folhas acima e do tronco abaixo
A partir do mês de Maio Fomos se aventurar pela mata atlântica ou Floresta ombrofila densa no município de São Miguel Arcanjo – SP. Esse tipo de floresta é bem úmida e chuvosa, com arvores bem grandes e com folhagem persistente, bem diferente da floresta semidecidua que tem arvores menores e em grande parte com folhas decíduas (que caem no inverno). Esse tipo de floresta abriga um grande numero de Frutiferas da família das Myrtaceas. Num trecho da mata próximo a um riacho encontramos a Guapixava (Myrcia spectabilis) cujo fruto tem sabor gostoso mais que depois deixa a garganta apertada. |
No mês de maio fizemos uma viagem até o município de Cesário Lange – SP onde visitei uma mata bem preservada da Associação Torre de Vigia da Bíblias e Tratados com o objetivo de identificar diversas arvores nativas a pedido de meus irmãos da fé. No meio do trabalho pude observar uma plantinha rasteira que me chamou a atenção visto que estávamos pisando sobre uma frutífera rasteira da mesma família do café – as Rubiáceas, do qual já havia ouvido falar e que um senhor de bastante idade me disse que os índios a chamavam de Cauá-pirí, mais ele conhecia como moranguinho. Infelizmente não encontrei frutos maduros, mais pude coletar algumas mudas que estão sendo cultivadas aqui no Sitio Frutas Raras. No mesmo local também pude encontrar uma variedade de Castanha de cipó (Dicella nucifera) com frutos maiores, alongados e com amêndoa mais adocicada.
No mês de fevereiro de 2.012 fixemos uma expedição numa área de cerrados da beira de uma estrada que liga o município de Angatuba com o município de Paranapanema – SP. Lamentavelmente a maior parte do cerrado foi destruída para dar lugar a plantação de laranja. Nessa localidade encontramos a rara orelha de onça (Cissampellos oblongifolia) mais infelizmente não conseguimos encontrar os frutinhos vermelhos. Abaixo se pode ver a foto da planta no meio do cerradão. |
Continuando nossas pesquisas e descobertas nessa área de floresta bem preservada, pudemos encontrar outras frutíferas muito raras como: A Cuxita juba (Eugenia multirrimosa) também na beira de um riacho e a Cuxita azul (Eugenia mosenii), mais rara e com arvore de menor porte e presente em área declinada. Também encontramos uma fruta apimentada que chamamos de Guamarí (Cinnamodendron occhionianum).
No final do mês de agosto nessa mesma área, percorremos um trecho mais íngreme e e ficamos empolgados de encontrar uma rara espécie de Pindauva ameaçada de extinção cujo fruto é amarelado por fora e avermelhado por dentro conforme mostra a foto abaixo. Essa é a rara e endêmica Pindauva amarela (Duguetia salicifolia).
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Nessa mesma localidade ainda fomos bem sucedidos em encontrar 2 outras frutíferas pouco conhecidas como a Uva do cerrado de flor vermelha (Cissus erosa) e o Muricí de flor cor de rosa (Byrsonima coccolobifolia). As 3 plantas citadas acima são difíceis de reproduzir e tem grande importância ecológica para os cerrados e tem grande valor para a sociedade moderna por terem propriedades medicinais muito interessantes.
Em março de 2.012 voltamos a visitar remanescentes da floresta semidecidua e eu particularmente gosto muito desse bioma que é muito rico em plantas úteis e de frutos comestíveis. Ao visitar uma floresta de encosta observamos um arbusto com muitas flores brancas já no final da antese e com a maioria das pétalas caídas que pelas características já pude identificar como uma Solanácea. Em meados de abril voltamos no local para ver os frutos que encontramos verdes, mais foi o suficiente para identificarmos a planta como Joá manso (Solanum sanctaecarharinae), uma espécie rara nesse tipo de bioma.
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No final de novembro de 2.012 voltamos a visitar uma área da floresta semidecidua para coletar frutos de Baiariba mais não encontramos nenhum pois a planta não frutificou nesse ano; mais ao observar outro trecho de mata descobrimos outra frutífera interessante que eu procurava a anos, sendo essa o Catiguá (Trichilia catigua) que atrai muitos pássaros e o arilo é riquíssimo em antioxidantes.
Temos mudas de quase todas essas raras frutíferas que você pode adquirir consultando a nossa lista com + de 300 espécies de mudas frutíferas para venda.
NOVIDADES: Abaixo estão os links de outras frutíferas que começaram a produzir em meu pomar em 2.012:
Araçá da cerra (Eugenia acutata) Barapiroca Açu (Calycolpus legrandii) Caxandó (Allagoptera arenaria) Cravo da terra (Calyptrantes aromática) Muricí vermelho (Byrsonima japurensis) Usama amarela (Bunchosia marítima)
Em 2.012 também recebemos as seguintes frutas coletadas por amigos amantes das frutas:
Bacupari de espinho (Strycnhus nigricans)
Cambucí Açu (Campomanesia SSP)
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