CISSUS
EROSA FAMILIA
DAS VITACEAE |
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NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: UVA DO CERRADO DE FLOR VERMELHA, o nome indígena ainda não foi descoberto. Também é chamada de parreira brava.
Origem: nativa dos campos, cerrados, restingas e bordas de matas primárias ou secundárias. Ocorre desde o México até o sul do Brasil e no Paraguai. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Cissus_erosa
Características: Planta trepadora, lenhosa e perene, com xilopódio (tipo de batata) que armazena água. Tem ramos cilíndricos ou 4 a 6 alados e podem ser glabrescentes (sem pelos) ou até híspidos (com pelos duros). As gavinhas são sempre opostas às folhas. As folhas são trifoliadas (com 3 folíolos) sob pecíolos (haste ou suporte) de 1 a 13 cm de comprimento. Na base do pecíolo existem estipulas (tipo de folha modificada) triangulares e caducas, que ajuda a identificar a espécie. A lamina foliar é obovadas (forma de ovo com a parte larga no ápice) com base truncada (como se fosse cortada) ou cuneada (em forma de cunha) e ápice rômbico (com forma de losango), sendo o folíolo central de maior tamanho. A medida da lamina é de 3,7 a 20 cm de comprimento por 1,5 a 14 cm de largura. As flores surgem em umbelas (cacho em forma de guarda-chuva revirado) com pedúnculo (haste ou suporte) avermelhado ou esverdeado de 4 a 20 cm de comprimento, contendo flores vermelhas de 2 mm de comprimento. O fruto é uma baga oblonga (mais longa que larga) de 7 a 14 mm de comprimento.
Dicas para cultivo: A planta é resistente a geadas de até – 3 graus e a secas com até 6 meses sem chuva. Pode ser cultivada em qualquer altitude, sempre em ambiente sombreado. O solo deve ser profundo, úmido, neutro, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho) e rico em matéria orgânica. Pode ser cultivada em cercas de arames ou em parreiras feitas com 4 ou 6 mourões ou poste de concreto que tenham 2,20 m de comprimento que devem ser fincados numa distancia de 2 m de largura entre filas e 2,5 m entre mourões. As covas para se fincar os mourões devem ter 60 cm de profundidade de modo que sobre 1,60 na altura, aonde na cabeça dos mourões deve ser fixados arames que vão tutorar os galhos trepadores. Depois que os arames das bordas e centrais forem bem fixados, deve-se fazer uma malha passando arames nº 18 a 40 cm de distancia no sentido do comprimento e largura. Depois de pronta a parreira, fazer uma ou 2 covas de cada lado e na hora de plantar a muda (melhor época é de outubro a dezembro) se deve fincar uma taquara que leve o cipó até a rede de arames.
Mudas: As sementes são pequenas e arredondadas. Conservam o poder germinativo por até 5 meses depois de despolpadas e secas ao sol por um período de 5 horas. Germinam em 40 a 90 dias, se plantas em substrato feito de 50% de terra vermelha e 50 % de matéria orgânica bem curtida. As mudas atingem 30 cm com 6 meses no viveiro. A planta também reproduz-se facilmente por estacas lenhosas ou maduras com 25 cm de comprimento e 1 cm de diâmetro que devem ser plantadas na primavera. As plantas iniciam frutificação com 2 a 3 anos após o plantio.
Plantando: As covas devem ter 50 cm nas três dimensões e ser preenchidas principalmente com folhas em decomposição + 1 kg de cinzas, 500g de calcário e 8 kg de esterco bem curtido. Pode ser plantada num espaçamento de 3 x 3 m ou 4 x 4 m entre plantas. Após o plantio irrigar com 10 l de água, depois repetir a mesma irrigação a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época da florada.
Cultivando: Deve-se observar o crescimento dos ramos e guiá-los até a malha de arame da parreira onde as gavinhas vão se prender naturalmente. A cada 3 anos é bom fazer uma poda de limpeza tirando o excesso de ramos sobre a parreira. Adubar anualmente no inicio do verão com composto orgânico, pode ser 4 kg de composto orgânico bem curtido + 20 gr de N-P-K 10-10-10, distribuindo apenas na coroa do pé da planta, distanciados a 20 cm do caule.
Usos: Frutifica de fevereiro a maio. Os frutos são muito procurados por pássaros. Consumir pequenas quantidades pois o arilo contem oxálico de cálcio que faz com que a língua fique picando. Os índios guaranis utilizavam os frutos para fazer uma bebida fermentada semelhante ao licor. A planta é muito ornamental devido a folhagem e flores vermelhas.
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