CONHEÇA AS NOVAS DESCOBERTAS DE FRUTAS NATIVAS ENCONTRADAS NAS EXPEDIÇÕES REALIZADAS ABRANGENDO O PERIODO DE JANEIRO DE 2.020 A DEZEMBRO DE 2.020.

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depois a segunda coluna

O inicio de 2020 foi uma época boa de chuva e quem vive perto da natureza, bem como aquele que vive nas cidades, sabe que a chuva traz abundancia e a agua é algo vital para a sustentação da vida. Com boas chuvas vem boa produção de frutas e muitas frutas raras produziram aqui no sitio e nas matas pela redondeza onde faço expedições para encontrar “joias” que são frutas pouco conhecidas e com enorme potencial para alimentação humana.

Neste ano fizemos poucas mais expedições por causa da pandemia do Covid 19 que afetou o mundo todo e é claro que isso iria acontecer porque estava predito na Bíblia! As poucas expedições foram bem-sucedidas e pudemos encontrar frutas bem raras e passo a descrever como foi abaixo:

 

Em fevereiro de 2020 retornamos num fragmento de mata de um lugar de transição do cerrado para a floresta semidecidual onde na expedição de 2.018 já tínhamos encontrado a Tanimbuca ameixa (Buchenavia rabelloana) e o jatobaí (Hymenaea altíssima). Nessa mesma mata notei uma myrtacea com um tronco belo avermelhado e uma outra arvore com semelhança de canela, mais que não era uma canela. Nesta ocasião tivemos sorte de encontrar frutos de ambas as espécies e com isso também conseguimos identificar.

A magnifica myrtacea cujas fotos estão abaixo são de um tipo de Uvaia da floresta semidecidual com nome cientifico de Eugenia excelsa e de fato é excelsa ou exaltada por ter tronco reto e copa no docel da floresta.

Tronco de Eugenia excelsa acima e copa com alguns frutos verdes abaixo

E abaixo foto dos poucos frutos maduros de Eugenia excelsa que encontramos

 

Alguns metros de distancia dessa magnifica uvaia da floresta semidecidual que tem gosto de suco de laranja; chegamos próximo a arvore que parecia ser canela, mais na verdade era uma espécie de brindo de princesa ou gumbijava (Heisteria silvianii) família olacaceae; ou até uma espécie nova próxima dessa, pelo fato de a H. silvianii só ocorrer na floresta pluvial atlântica. Não pude coletar muitos frutos e nem tirar boas fotos porque bem perto dessa arvore num outro tronco tinha um enxame de abelha europeia alvoroçadas porque a noite algum animal as atacou para comer o mel produzidas por elas. Abaixo estão algumas fotos que tirei:

   

 No mês de maio visitei um outro remanescente da mata atlântica no município de São Miguel Arcanjo – SP, onde pude encontrar algumas arvores cujo chão embaixo delas estava cheio de frutas e também com fezes de anta que esteve ali comendo os frutos. Essa é outra raridade e de uma família botânica distinta as Symplocaceae família essa com exemplares bem raros, principalmente quando se quer frutos comestíveis. Como não encontramos nenhum nome popular conhecido, batizamos a espécie encontrada pelo nome de Oití de anta, pelo fato de o fruto ser semelhante a frutos da família do oiti (Chrysobalanaceae) e por ter provas convincentes de que a anta consumiu e consome tais frutos.

 

 

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O nome cientifico da espécie encontrada é Symplocos trachycarpos, uma quase que exclusiva espécie dessa família que produz os maiores frutos (até 3,5 cm de comprimento por até 1,5 cm de largura) e arvore com grande porte (+ de 15 m de altura). Segue algumas fotos:

 

 

No final do ano, ao fazer uma viagem para fazer um exame médico, passei por uma estrada onde eu já havia observado um raro exemplar de mururé ou mama-cadela da floresta semidecidual. Essa espécie tem folhas grandes bem diferente da apinima ou mama-cadela comum. A alguns anos atrás eu já havia fotografado a espécie com flores e a foto está abaixo:

 

 

As folhas são bem semelhantes ao Brosimum glaucum, porém essa espécie é originaria da mata de restinga do litoral e não ocorre no interior. Concluímos então que é uma nova espécie. Infelizmente os 2 exemplares que conheço estão no barranco na beira da estrada e sofrem muito com roçadas e queimadas. Acompanho as plantas que conheço a anos e só agora consegui encontrar cerca de 18 frutas cujas sementes geraram algumas lindas mudas que serão plantadas aqui no pomar coleção. Abaixo estão as fotos dos poucos frutos encontrados:

 

 

Para finalizar o ano, ficamos muito felizes de encontrar no final de dezembro frutos maduros de Ingá-baú ou Uvaia do Visconde (Eugenia beaurepairiana). A arvore estava carregada dessa saborosa uvaia que tem um gosto que parece uma mistura de caju e pêssego. Felizmente pude colher muita fruta para produzir mudas que serão disponibilizadas em setembro de 2.021 em diante. Segue foto da planta e das frutas em cachos!

 

 

 

Se alguém quiser mudas das espécies acima poderá fazer seu pedido pelo e-mail

hnjosue1980@gmail.com ou consultar a listagem de mudas de frutas raras disponíveis, no link: www.colecionandofrutas.com.br/listagemmudas.htm

  

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