CONHEÇA AS NOVAS DESCOBERTAS DE FRUTAS NATIVAS ENCONTRADAS NAS ESPEDIÇÕES REALIZADAS ABRANGENDO O PERIODO DE OUTUBRO DE 2.010 A JANEIRO DE 2.011.

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É um prazer descrever as maravilhosas aventuras em busca de salvar do anonimato nossas preciosas frutas silvestres. É impressionante que o nome de muitas frutas ou arvores nativas é usado pelas pessoas ou nomear cidades (Como por exemplo, no estado de São Paulo existem diversas cidades que levam nomes de frutas silvestres como: Aguaí, Taiúva, Guapiara (nome de Guapira opposita), bairros como é o caso do Cambuci em São Paulo e até nome de ruas. Em minha cidade (Campina do Monte Alegre) nas margens do Rio Paranapanema, existem muitos ranchos de veraneio e as ruas tem nome de arvores nativas. Um desses nomes me chamou atenção: BOISSUCANGA. O nome soa origem Guarani e da fato ao observar a flora remanescente encontramos uma arvore que se parece com figueira mais não é. Ao contatar moradores antigos da localidade constatei que essa arvore era muito comum na localidade e por isso dava nome aquela rua. Em fins de outubro observei que a arvore estava em flor, depois em meio de novembro, já observei frutos o que pareciam ser framboesas ou amora. Daí passei a chamar essa magnífica arvore de Framboesa de arvore que logo pude identificar como Coussapoa microcarpa, cujos frutos apesar de pequenos, tem um sabor muito agradável! Veja foto abaixo:

Na ultima quinzena de novembro conseguimos fotografar as fazes do ciclo reprodutivo de uma nova espécie do Gênero Canavalia que descobrimos, segundo nos informou o taxonomista Luciano Paganucci de Queiroz, que estuda as Canavalias e Diocleas brasileiras. O primeiro encontro com essa trepadeira foi num remanescente florestal com aproximadamente 1,5 hectare. Ao investigar o local nos deparamos com uma linda flor azul em abril de 2.009, voltamos ao local mais não encontramos frutos. Felizmente, em abril de 2.010 fomos até o local e desta vez a planta que chamamos de feijão do mato floresceu abundantemente. Depois disso em junho de 2.010 encontramos vagens verdes que pareciam ser ingás. Finalmente em meados de novembro encontramos as vagens maduras e os feijões que são de tamanho normal e muito moles mesmo sem cozinhar. Descobrimos uma nova espécie de Canavalia ou Feijão de cipó de flor azul, cuja planta é perene, e cujas flores saem dos cipós mais grossos e não dos ponteiros. Isso mostra que é muito importante preservar as ilhas de matas das regiões mais devastadas como os estados do Sul e Sudeste. Esses remanescentes ainda abrigam espécies novas e com grande potencial alimentar para o futuro. Veja foto da flor abaixo:

Em novembro de 2.010 visitamos 2 ribeirões, um no município de Campina do Monte Alegre onde encontramos uma solanácea de cipó sem espinhos, cujos frutos lembram a Maria-pretinha ou Guaraquinha (Solanum americanum), porém o fruto é mais negro e com sabor que lembra um refrigerante de guaraná misturado com groselha. Depois de estudar as características da planta, conclui que pode se tratar de uma variedade de Solanum inodorum, pois, como o nome cientifico diz a planta não tem o cheiro característico existente nas folhas de outras solanáceas. O nome indígena dessa espécie é UAI-QUIRÍ-CIPÓ, planta é muito fácil de pegar por estaca e as minúsculas sementes também germinam e crescem facilmente. Os frutos atraem um grupo especial de pássaros que são os magníficos sairas coloridos. Veja foto em detalhe do Fruto abaixo:

Nesse mesmo período algumas frutas raras começaram a frutificar como é o exemplo da cereja do rio grande de folhas grandes e flores com anteras rosadas que ganhei do Harri Lorenzi. Uma outra saborosa raridade proveniente de sementes vindas do estado da Bahia; o qual consegui formar 1 só planta é o Panãn (Bunchosia ssp), cujo fruto com polpa espessa com uma só semente no meio e que tem o gosto de tâmara seca. Formei 3 mudas dela com os primeiros frutos e agora terei mais arvores dessa raridade deliciosa em meu pomar.

   Na mata do Sitio Frutas raras também nasceu uma rara espécie de Araticum de cipó ou Carampaí, Estou esperando a floração e frutificação para uma identificação correta. Ao comparar os caracteres morfológicos das folhas e caule com amostras de herbários e fotos disponíveis em sites e livros especializados deduzimos que a espécie possa ser a Annona haematantha. A pergunta é como essa espécie Amazônia veio parar na reserva do Sitio Frutas raras? Ou ainda perguntamos: Será uma nova espécie de Annonacea regional? Quem tiver alguma informação ou sugestão a fazer, por favor entre em contato. Veja foto das folhas abaixo:

Um outro ribeirão visitado encontramos mais uma rara e mangifica fruteira da familia das Myrtaceas. A arvore é bem semelhante a Uvaia, tanto no tronco como na folhagem, o fruto é diferente, lembra a nossa apreciadíssima Grumixama (Eugenia brasiliensis) porém o fruto é menor, mais o sabor é muito melhor, o nome popular dessa espécie é Grumixama mirim. A planta é bastante rara e só ocorre em solos úmidos e ricos em matéria orgânica. Visto ser planta de um grupo bastante grande e complexo, demoramos uns 5 meses para identificar corretamente como sendo a Eugenia blastantha. É fácil de cultivar e inicia a frutificação precocemente com 3 anos. A planta é uma arvoreta compacta e pode ser cultivada como cerca viva, tendo um belo efeito ornamental devido a brotação ferruginosa das folhas. Veja foto do Fruto:

Dispomos de mudas tando o Uai-quiri-cipó, como da grumixama mirim. Faça seu pedido por e-mail frutasraras@uol.com.br

Em nossas andanças e conversas com amigos e amantes das frutas em meados de dezembro de 2.010, acabamos por ficar surpresos com o que contou nosso amigo José Roque Correa, morador de Angatuba que aprecia muito as nossas Jabuticabeiras, as quais cultiva 3 espécies no quintal de sua casa. Esse amigo nos contou que existe uma jabuticaba apimentada, que deixa um gostinho de pimenta no céu da boca após chupa-la. – Eu fiquei me perguntanto, Será verdade ou mentira? Para minha surpresa o amigo Jê Roque (Como é meus conhecido) nos levou até o pé da Jabuticaba apimentada (Clik no link em azul para ver fotos e mais detalhes) que estava num terreno que a pouco tempo ele havia comprado! Sim eu saborei algumas frutas maduras, doce de inicio, mais no final vem o gosto apimentado. Nosso amigo disse que nunca viu outra jabuticaba igual e eu também não. Chegamos no pé no fim da safra mais as sementes dos frutos caídos ainda estavam bons e agora tenho pelo menos uma centena de mudas dessa raridade para oferecer aos apaixonados por nossas jabuticabeiras. Quem desejar adquirir mudas entre em contato comigo pelo e-mail frutasraras@uol.com.br

Veja outras 16 espécies produzindo no sitio frutas raras 

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