PRUNUS CHAMISSOANA FAMÍLIA DAS ROSACEAE |
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TRONCO |
FLORES |
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Frutos maduros e detalhe do cabinho da folha que é avermelhado |
FRUTOS, POLPA E SEMENTES |
NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: VAIVA vem do Guarani e significa “fruta à fermentada” e de fato o fruto bem maduro tem gosto de uvas passas levemente acidulado. Também recebe o nome de Cerejeira do mato, Pêssego ou fruta de Mico preto que é endêmico aqui da região de Angatuba – SP, especialmente da bacia do Rio Guarei,.
Origem: Espécie rara e encontrada apenas floresta semidecidua, dos estados me São Paulo e Minas Gerais,
Brasil.
Mais informações no link:
OBSERVAÇÕES: Descobrimos essa espécie em nossas expedições em 2014 mais o exemplar encontrado nunca frutificou. Felizmente em novembro de 2.016 ao fazermos pesquisas em outras áreas, encontramos na beira de uma estrada vários exemplares em plena frutificação. Essa espécie difere-se de Prunus myrtifolia por ter folhas maiores, cabinho de coloração avermelhada e principalmente por não ter as 2 glândulas características na base da folha (como é o caso de Prunus myrtifolia).
Características: Arvore grande de folhagem perene, copa sempre piramidal, crescendo de 6 a 8 m quando cultivada, podendo chegar a 15 m de altura na floresta. O tronco é áspero, sujo, de cor cinza claro com 20 a 40 cm de diâmetro. As folhas são simples, alternadas, cartáceas (com textura de cartolina), glabras (sem pelos), oblongas (mais longas que largas), medindo 8 a 14 cm de comprimento por 1,8 a 3,5 cm de largura, com nervuras pouco evidente. A espécie é facilmente identificada por se observar o pecíolo que é avermelhado. As flores são reunidas em inflorescências racemosas de 8 a 15 cm de comprimento, que nasce na axila das folhas. As inflorescências contem 12 a 30 flores pequenas de 5 pétalas estreitas, longas, brancas e perfumadas. Os frutos são drupas arredondadas, de cor negra quando maduras de 8 a 15 mm de diâmetro com fina camada de polpa adocicada envolvendo 1 semente arredondada de 6 mm de diâmetro.
Dicas para cultivo: Arvore de crescimento rápido que resiste a baixas temperaturas (até - 4 graus), vegeta bem em altitudes que variam de 500 a 1.600 m acima do nível do mar. Pode ser cultivada em todo o Brasil, principalmente para a recuperação de áreas degradadas por ser uma planta muito rústica. Pode ser cultivada em solos profundos, a argilosos ou pedregosos, que sejam úmidos, com pH neutro a acido com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho). A arvore é resistente a secas e a enchentes rápidas.
Mudas: Sementes são pequenas, duras e com um friso central. Depois de limpas e secas, podem ser armazenada por até 90 dias, com índice de germinação em torno de 60 %. Convém semear 2 sementes diretamente em sacos individuais contendo substrato organo-arenoso. A germinação ocorre em 30 a 50 dias, as mudas podem ficar em ambiente ensolarado e atingem o tamanho de 30 cm em aproximadamente 5 a 6 meses após a germinação. A frutificação se inicia com 4 a 5 anos após o plantio.
Plantando: Pode ser plantada a pleno sol como em bosques com arvores grandes bem espaçadas. No pomar ou no Jardim, se deve plantar num espaçamento 6 m de distancia em relação a outra arvore ou a alguma construção. As covas devem ter 50 cm nas três dimensões, devendo se reservar os 30 cm de solo iniciais para serem misturados com 500 g de calcário, 1 kg de cinzas e 7 pás de matéria orgânica curtida. Pode ser plantada em local definitivo em qualquer época do ano. Irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época da florada.
Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco. Adubar com composto orgânico, pode ser 4 pás de composto orgânico, + 40 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 3ª ano. A melhor época de fazer adubação é no inicio da florada em outubro.
Usos: Frutifica nos meses de outubro a novembro. Os frutos são drupas pequenas com 40% de polpa de, sabor adocicado que lembra a uvas passas, podendo ser consumido in natura. O fruto pode ser usado para fabricar geleias e licores. As folhas dessa espécie assim como as do pessegueiro têm substancia tóxicas, porém, os frutos estão livres de toxinas. A arvore é ótima para compor reflorestamentos, pois seus frutos alimentam diversas espécies de aves e animais principalmente o Mico preto (endêmico da região). As flores são produtores de néctar e pólen, sendo ótimas para criar abelhas sem ferrão.
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