EUGENIA SUPRAAXILLARIS

 

FAMILIA DAS MYRTACEAE

 

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FRUTAS MADURAS DE PLANTA CULTIVADA

 

ARVORE ENCONTRADA NA MATA

ARVORE CULTIVADA COM 6 ANOS DE IDADE

FRUTOS DE PLANTA CULTIVADA

FRUTOS VERDES DE PLANTA SILVESTRE

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: CAMBUCARANA – vem do tupi-guarani e significa “Semelhante ao cambucá”. Também recebe o nome de Uvaia rugosa da Mata Atlântica e Uvaia-Cambucá.

 

ORIGEM: Endêmica do sub-bosque e da beira de riachos da floresta atlântica (ombrófila densa) do estado de São Paulo e Rio de Janeiro, Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Eugenia_supraaxillaris

 

OBSERVAÇÕES: Espécie descoberta em minhas expedições em fevereiro de 2013 realizadas nas florestas de São Miguel Arcanjo – SP. Antes essa espécie era classificada como Eugenia cambucarana e Eugenia axillaris. Em 2019 uma única planta formada começou a frutificar e a fruta deu muito mais carnosa, aquosa e adocicada do que a fruta coletada debaixo da arvore na natureza, mostrando a vantagem de se cultivar frutíferas. Veja as fotos comparativas!

 

Características: Arvore de 12 a 23 m de altura quando na floresta, mais quando cultivada em pleno sol, calculo que cresce de 5 a no máximo a 8 m de altura. O tronco é retilíneo (direito), cilíndrico com casca acinzentada, fissurada no sentido longitudinal, e se descama em tiras finas de tamanho irregular. O tronco mede 20 a 40 cm de diâmetro e a copa é arredondada e formada no dossel da floresta. As folhas são simples, elípticas (estreitas da base ao ápice), com textura cartácea (como cartolina), glabras (sem pelos) em ambas as faces, medindo 4,5 a 15 cm de comprimento por 1,5 a 6,3 cm de largura, sob pecíolo (haste ou suporte) de 5 a 10 mm de comprimento e caniculado (como calha). A lamina têm coloração verde escura, com base é cuneada (forma de cunha) e ápice acuminado (que afina gradativamente). Essa espécie pode ser facilmente identificada por se observar as nervuras laterais (13 a 19 pares) formando ângulos de 50 a 77 graus. As flores nascem em inflorescências botrioides (terminal em forma de T) com 5 a 15 flores. As flores não tem bractéolas de proteção e medem 1,2 a 1,7 cm de diâmetro quando abertas. O fruto é piriforme, alaranjado quando maduro, medindo 2,5 a 5,8 centímetros de comprimento (quando cultivado) por 2,3 a 4,5 centímetros de largura, pubescentes quando verdes e glabrescentes quando maduros, com glândulas protuberantes (dai vem a rugosidade do fruto), com polpa ou parede carnosa, sucosa e doce, envolvendo 1 a 2 sementes de coloração parda com 1,2 a 1,7 cm de diâmetro.  

 

Dicas para cultivo: Planta de crescimento lento que prefere beira de rios e solos úmidos. Apesar de ter grande porte na floresta, quando cultivada começa a frutificar com 2 a 3 m de altura e os frutos produzidos tem melhor qualidade. É resiste a geadas de até – 3 graus e em cultivo a experiensia mostra que a planta é resistente a seca. Pode ser cultivada em todo o Brasil, em qualquer altitude; preferencialmente onde o solo é úmido, rico em matéria orgânica e com pH por volta de 5,2 a 6,6. Pode ser cultivada na beira de rios onde podem ocorrer inundações periódicas.

 

Mudas: As sementes são arredondadas e finamente rugulosas, são recalcitrantes (perdem o poder germinativo se forem secas ao sol). Recomendo que sejam plantadas logo que colhidas e despolpadas; colocando 1 semente diretamente em saquinhos individuais com substrato organo-arenoso. A germinação se inicia com 40 dias e vai até os 120 dias e as plântulas se formam com tamanho irregular.  Formar as mudas em local com sombreamento de 40% da luz e que receba irrigação diária. As mudas atingem 30 cm com 9 a 10 meses após a germinação. Essa espécie inicia a frutificação com 6 a 7 anos a depender do clima e tratos culturais.

 

Plantando: Pode ser plantada a pleno sol se o solo conservar boa umidade, mais se o solo for mais seco, é bom fazer um sombreamento por no mínimo 2 anos; ou no meio de bosques com arvores grandes bem espaçadas. Espaçamento 5 x 5 m entre plantas. É bom fazer covas de 50 cm nas três dimensões e prepará-las com 2 meses de antecedência misturando aos 25 cm da terra inicial da cova 50 gramas de farinha de osso, 50 gramas de torta de mamona e cerca de 4 a 6 pás de matéria orgânica feita de galhos triturados, veja mais clicando aqui. A melhor época de plantio é de outubro a novembro. Para fazer um bom plantio, acesse + informações clicando aqui! Após o plantio irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época da florada.

 

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco e os cruzados ou voltados para o interior da copa. Adubar com 3 a 4 pás de composto orgânico de galhos e folhas triturados + 50 gramas de farinha de osso + 50 gramas de torta de mamona, dobrando essa quantia a partir do segundo ano e continuar adubando anualmente na primavera. Distribuir os nutrientes superficialmente a 20 cm do caule no inicio do mês de outubro.

 

Usos: Frutifica nos meses de outubro a novembro. A arvore é muito bonita quando está em frutificação e por ser planta rara precisa ser cultivada para sua preservação. As flores são de grande beleza e produzem néctar e pólen para as abelhas nativas! O fruto maduro é refrescante e saboroso com sabor que lembra um pouco uma mistura de uvaia, cambucá e manga ubá. Além de serem ideais para consumo in natura, com a polpa se pode fazer sucos, frisante, licores, geleias e sorvetes deliciosos! Essa espécie não pode faltar em uma boa coleção de frutas!

 

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