EUGENIA PARANAPIACABENSIS

 

FAMÍLIA DAS MYRTACEAE

 

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FRUTOS PADUROS, POLPA E SEMENTES

DETALHE DAS FOLHAS BULATAS

https://www.colecionandofrutas.com.br/eugeniaparanapiacabensis_arquivos/image001.jpg

FRUTOS MADUROS DE PLANTA CULTIVADA

FRUTOS COLHIDOS DE VEZ DE PLANTA SILVESTRE

TRONCO

FLORES

 

NOME INDIGENA: ARAÇÁ DE PARANAPIACABA OU ARAÇÁ-PIRANGA DE FOLHAS BULLADAS

 

Origem: Nativa e endêmica da floresta ombrófila densa da serra do Paranapiacaba.. A espécie ocorre somente no estado de São Paulo Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Eugenia_paranapiacabensis - lamentavelmente e por falta de se conhecer a espécie in vivo, o site acima sinonimizou erroneamente essa espécie como Eugenia monosperma.

 

OBSERVAÇÕES: A espécie é muito semelhante ao araçá piranga (Eugenia leitonii) na forma e cor do tronco, mais as frutas são maiores e com formato oblongo (mais longo que largo) e pele pubescente; já as folhas são diferentes, com bolhas e ondulações de grande beleza. Essa espécie foi encontrada pelo amigo Marcelo de Oliveira em 2.011 na região do município de Registro – SP. Começou a frutificar aqui na coleção do Sitio Frutas Raras em 2022. Observe como a qualidade do fruto aumentou nas fotos acima mostrando os frutos produzidos em condições de cultivo (primeira foto) e ao lado os frutos colhidos da planta silvestre (segunda foto).

 

 Características: Arvore de 5 a 15 metros de altura, com tronco liso e avermelhado escuro, com 20 a 40 cm de diâmetro, esguio ou reto, descamando no final do outono. Os galhos são ascendentes e a copa tem forma cilíndrica. A espécie é facilmente identificada por se observar as folhas com nervação bulada (como plástico bolha). As folhas são simples, opostas de textura cartácea (como cartolina), com forma oblonga (mais longa que larga), medindo 6 a 13 cm de comprimento por 2 a 3,3 cm de largura, com base arredondada e ápice acuminado (com ponta longa); e com nervuras sub-marginais bem visíveis em ambas as faces. As flores nascem nas exilas das folhas nos ramos finos e maduros (com 2 anos ou mais de idade). As flores são brancas de 15 a 22 mm de comprimento, protegidos por brácteas ovadas e pilosas. Quando abertas tem pétalas brancas de 4 a 6 por 2 a 4 milímetros, com muitos estames de 5 a 7 mm de comprimento. Os frutos são globosos ou oblongos (mais longo que largos), monospermo (com uma semente), medindo 5 a 7 cm de comprimento, por 3,4 a 4,8 cm de largura com uma carne de 0,8 a 1,5 cm amarelada, envolvendo 1 semente grande de 2,5 a 4 cm de comprimento.

Dicas para cultivo: plantar preferencialmente em local sempre ensolarado em climas subtropicais, ou com 50% de sombra em climas tropicais! Pode ser cultivada em solos arenosos, argilosos, latossolos vermelhos ou amarelos, profundos com boa drenagem e fertilidade e com pH entre 5,1 a 6,8. Resiste bem a ventos fortes, a geadas anuais de até 3 graus negativos e a secas de 5 a 7 meses sem chuva. Pode ser cultivada ao nível do mar até 1200 m de altitude e com temperaturas anuais médias entre 08 a 40 graus.

 

Mudas: apresenta crescimento moderado, atingindo 50 cm com 2 anos e a frutificação se inicia com 8 a 11 anos após o plantio. A multiplicação é feita por sementes frescas e limpas que deve ser plantadas diretamente em saquinhos individuais contendo substrato feito de 30% de areia de rio, 30% de terra vermelha e 40% de matéria orgânica bem curtida feita de galhos e folhas trituradas. As sementes têm 90% de poder germinativo e começam a nascer entre 60 a 120 dias e as mudas atingem 35 cm com 10 a 12 meses de idade. Pode ser plantada no local definitivo num espaçamento de 4 ou 5 m entre plantas a depender do tipo de solo.

 

Plantando: Pode ser plantada a pleno sol ou na meia sombra. Plantar em covas quadradas com 50 cm nas 3 dimensões, adicionando 50 gramas de farinha de osso,50 gramas de torta de mamona e 5 a 8 pás de matéria orgânica bem curtida. A melhor época de plantio é de novembro a dezembro. Para fazer um bom plantio, acesse + informações clicando aqui! Após plantada, irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época da florada. Para cultivar em vasos use os de barro como medida de 50 cm de altura e 40 cm de diâmetro. Coloque no fundo do vaso uma camada de 5 cm de pedra para drenar bem a água e utilize substrato feito de 50% de terra vermelha, 20% de areia e 30% de composto orgânico bem curtido.

 

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco. Adubar com composto orgânico, pode ser 1 a 3 pás de composto orgânico bem curtida feita de galhos e folhas trituradas + 40 gr de farinha de osso e 50 gramas de cinza de madeira ou torta de mamona. Depois use a mesma quantia ano após ano. É uma planta muito resistente a seca, a pragas e doenças. Essa espécie suporta geadas leves.

 

Usos: Frutifica nos meses de Fevereiro a abril. A planta pode ser cultivada em projetos paisagísticos como ornamental e não pode faltar na recuperação de áreas degradadas, pois seus frutos alimentam a ave-fauna. As flores surgem no inicio meio para o final do verão, são aromáticas e tem grande potencial melífero. Os frutos podem ser colhidos manualmente quando estiverem bem maduros na plantas ou pode se coletar os frutos caídos no chão sob a copa da planta. Pode ser consumida in natura, apenas comendo a polpa carnosa, que tem um sabor bem adocicado que lembra a uvaia com baunilha, mais no final amarga um pouquinho! A melhor forma de consumir é em suco, e posso dizer que é a melhor fruta dentre as Eugenias para suco. Use 3 frutas maduras, retire a semente e bata a carne do fruto no liquidificador com 1,5 l de agua, coe e adoce a gosto. A polpa concentrada pode ser utilizada para fazer sorvetes, frisantes, sucos, gelatinas, geleias e bolos. É uma espécie que não pode faltar num belo pomar coleção de frutíferas.

 

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