EUGENIA FLAMINGENSIS

 

FAMÍLIA DAS MYRTACEAE

 

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FRUTO SENDO CARREGADO PELA ABELHA GUIRUÇÚ

  FRUTOS MADUROS

PLANTA CULTIVADA com 5 anos em AGOSTO de 2024

FOLHAS DE COR VERDE E AMARELADAS ACIMA E FRUTOS, POLPA E SEMENTES ABAIXO

 

NOME INDIGENA: GUIRUÇÚ-IBA este nome vem de uma abelha nativa sem ferrão preta, um pouco menor que a abelha irapuã. Essa abelha guiruçu faz ninho no chão ou em tronco de arvores e retira a polpa especificamente dessa espécie para fazer ninho ou mel. O adjetivo IBA quer dizer fruta, de modo que a etimologia do nome indígena fica assim: Fruta da abelha guiruçu. Esta espécie também é chamada de Pitanga de abelha e pitanga folha verde e amarela!

 

Origem: Espécie rara e encontrada de maneira bem esparsa no sobosque da flortesta ombrófila densa nos restados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, Brasil. Mais informações no site: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Eugenia_flamingensis

 

OBSERVAÇÕES: Espécie rara encontrada em nossas expedições pela floresta ombrófila densa no município de São Miguel Arcanjo em 2019. Algo que chama muita atenção nesta espécie é suas folhas verdes escuras manchadas ou malhadas de amarelo.

 

Características: Arvoreta cresce até 6 a 8 metros de altura na floresta ou de 2 a 4 m de altura quando cultivada, com copa ovalada e folhagem escura. O tronco é curto, na maioria das vezes ramificado com casca suja com desprendimento pouco evidente e coloração creme quando jovem e castanho escuro quando mais velho. É facilmente identificada por se observar folhas verdes escuras com manchas ou malhas amareladas conforme a foto acima. As folhas são simples, opostas, cartáceas (textura de cartolina), medindo 4 a 10,5 cm de comprimento por 3,2 a 4,8 cm de largura, com base e ápice agudo (com ponta curta). As flores surgem em fascículos (tipo de cacho piramidal), no ápice dos ramos, com 1, 3 ou até 5 flores com pedicelos curtos e brácteas esverdeadas quando em botão. Quando abertas tem pétalas brancas de 4 a 6 milímetros, com muitos estames brancos de 5 a 7 mm de comprimento. Os frutos são ovalados ou piriformes com 2,5 a 4,2 cm de comprimento por 1,5 a 3,2 cm de largura, com pele fina que passa do verde para o amarelo, ficando alaranjada e por ultimo avermelhado, envolvendo polpa carnosa e gelatinosa com sabor de pitanga e cereja com final adstringente se morder a membrana que envolve uma semente chata, triangular de 1,4 a 2,2 cm de comprimento por 0,8 a 1,5 centímetro de largura.

 

Dicas para cultivo: Recomendo plantar preferencialmente em local sempre ensolarado ou em vasos grandes onde pegue sol da manhã até as 12 horas. Pode ser cultivada também em local sombreado e aprecia os solos arenosos, argilosos, latossolos vermelhos ou amarelos, profundos com boa drenagem e fertilidade e com pH entre 4,7 a 6,8. Resiste bem a ventos fortes, a geadas anuais de até 3 graus negativos e a secas de 5 a 7 meses sem chuva. Pode ser cultivada ao nível do mar até 1200 m de altitude e com temperaturas anuais médias entre 08 a 38 graus.

 

Mudas: apresenta crescimento moderado, atingindo 100 cm com 3 anos e a frutificação começa nesta idade. A multiplicação é feita por sementes frescas e limpas que deve ser plantadas diretamente em saquinhos individuais contendo substrato feito de 10% de areia de rio, 50% de terra vermelha e 40% de matéria orgânica feita de galhos e folhas trituradas bem curtido. As sementes têm 90% de poder germinativo e começam a nascer entre 35 a 95 dias e as mudas atingem 35 cm com 10 a 12 meses de idade. Pode ser plantada no local definitivo num espaçamento de 4 ou 5 m entre plantas a depender do tipo de solo.

 

Plantando: Pode ser plantada a pleno sol ou na meia sombra. Plantar em covas quadradas com 50 cm nas 3 dimensões, adicionando 50 gramas de farinha de osso, 50 gramas de cinzas de madeira ou torta de mamona e 4 a 5 pás de matéria orgânica feita de galhos e folhas trituradas curtidos. A melhor época de plantio é de novembro a dezembro. Após plantada, irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época da florada. Para cultivar em vasos use os de barro como medida de 50 cm de altura e 40 cm de diâmetro. Coloque no fundo do vaso uma camada de 4 cm de pedra para drenar bem a água e utilize substrato feito de 50% de terra vermelha, 20% de areia e 30% de composto orgânico indicado acima. Para fazer um bom plantio, veja as dicas clicando aqui.

 

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco. Adubar com composto orgânico, pode ser 1 a 3 pás de composto orgânico feito de galhos e folhas trituradas  + 50 gr de farinha de osso e 50 gramas de cinza de madeira ou torta de mamona. Depois use a mesma quantia ano após ano. É uma planta muito resistente a secas a pragas e doenças.

 

Usos: Frutifica nos meses de julho a setembro. A planta pode ser cultivada em projetos paisagísticos como ornamental e não pode faltar na recuperação de áreas degradadas, pois seus frutos alimentam a ave-fauna e as abelhas. As flores surgem em grande quantidade no meio do inverno e são aromáticas, com grande potencial melífero para abelhas nativas. Os frutos podem ser colhidos manualmente quando estiverem bem maduros e já alaranjados, e para consumir é bom deixar amadurecer bem por 2 ou 3 dias. Pode ser consumida in natura, apenas sugando a polpa e não mastigar para não ficar adstringente. Cerca de 1 kg de frutas maduras despolpadas em uma vasilha, pode render 450 ml de suco puro e concentrado. Utilize 100 ml para fazer 1 litro de suco adicionando 900 ml de agua e adoçando a gosto! A polpa concentrada pode ser utilizada para fazer sorvetes, frisantes, sucos, gelatinas, geleias e bolos. É uma espécie que não pode faltar num belo pomar coleção de frutíferas raras!

 

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