DUGUETIA SESSILIS FAMILIA DAS ANNONACEAE |
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FRUTO |
FLOR |
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Folhas |
Tronco e ramos com flores |
NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: Pindaúva de cordão, - o nome indígena não foi descoberto. Também recebe os nomes: Arco de peneira e Araticum de corda e Araticum vermelho.
OBSERVAÇÕES: Espécie rara que corre o perigo de extinção. Embora o fruto tenha pouco arilo ou polpa, mais isso se dá pelo fato de a planta ser silvestre e nunca foi cultivada ou domesticada. Nossa equipe descobriu essa espécie nas restingas do estado do Rio de Janeiro em 2.015, as fotos acima são de Idimá Gonçalves da Costa.
Origem: espécie rara e endêmica da floresta ombrófila densa de terra firme, aparecendo de maneira descontinua no estado do Espírito Santo e Rio de Janeiro, Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Duguetia_sessilis
Características: árvore de pequeno a médio porte com copa cilíndrica, atingindo 2,5 a 6 m de altura. O tronco é único ou múltiplo com 10 cm a 20 cm de diâmetro, com casca fendida na vertical, e de cor castanho claro. As folhas são simples, cartáceas (como cartolina), alternas, ovadas (forma de ovo) no terço inferior, com 10 cm a 15 cm de compr. e 3 a 5 cm de larg.; com base obtusa (arredondada) e ápice acuminado (ponta longa). Essa espécie pode ser facilmente identificada por se observar os pecíolos (cabinhos), as gemas de brotação e dorso das folhas coberto de tricomas (pelos) com forma de escama de cor amarelada. As flores nascem em ramos flageliformes (como chicote) com 10 a 55 cm que surgem apenas na base do tronco. A flor têm seis pétalas dispostas em espiral, longas, avermelhadas e com 7 a 18 cm de comprimento. O fruto é um sincárpico (conjunto de segmentos ou gomos) de 4 a 5 cm, ficando primeiro com cor rosada, passando para o vermelho escuro ao amadurecer, contendo 8 a 12 gomos que se destacam, com casca angulosa, envolvendo uma semente oval de até 1 cm de comprimento, coberta de arilo gelatinoso.
Dicas para cultivo: Nos primeiros 3 anos de cultivo a planta precisa de sombreamento total para se desenvolver. Plantar no espaçamento de 4 a 6 m entre plantas. Cultivar em solo arenoso, profundo e bem drenado, com pH entre 4,5 a 6,2; suporta bem a geadas ocasionais de até 1 grau negativo e a secas de até 5 meses sem chuva. Resiste a ventos moderados, pode ser plantada em altitudes de 0 a 700 m, com temperaturas anuais de 8 a 40 graus. Recomendo plantar de set. a dez. no sombreamento de árvores pioneiras que vão morrer quando ela estiver grande.
Mudas: Sementes são grandes 1 cm de comprimento por 6 mm de largura, com forma cônica arredondada. A germinação inicia-se no inicio da primavera e vai de agosto a fevereiro. Mais recomendo que as sementes sejam semeadas separadamente em saquinhos individuas contendo 50% de substrato rico em matéria orgânica feito de folhas e galhos triturados, 10% de areia ou argila e 30% de terra vermelha. Formar as mudas na sombra e manter o substrato úmido mais nunca encharcado. A muda deve crescem lentamente e atingem 30 cm com 14 meses.
Plantando: No pomar planta-se num espaçamento de 6 x 6 m, em covas de 50 cm nas três dimensões; adicionando aos 25 cm da terra da superfície 4 pás de matéria orgânica feito de folhas e galhos triturados + 50 gramas de farinha de casco e chifre de boi, + 50 gramas de cinza de madeira, misturar tudo e deixar curtir por 2 meses. O plantio deve ser feito a partir de outubro e para saber como fazer um bom plantio clique aqui. Irrigar com 15 l de água por semana nos primeiros 3 meses se não chover. Convém cobrir a superfície da terra com capim seco ou serragem para manter a umidade. Apresenta crescimento lento atingindo 1 m com 3 a 4 anos, começando a produzir logo na segunda floração que ocorre a partir do 8º a 10º ano após o plantio. A colheita vai de fevereiro a julho, e os frutos são colhidos com uma tesoura cortando o cabinho quando este estiver com 80% da superfície da casca com coloração avermelhada.
Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar
apenas as brotações na base do caule da muda a partir do 3
ano. A partir do 3 ano adubar com 4 pás de matéria orgânica feito
de folhas e galhos
triturados + 50 gramas de farinha de casco e chifre de boi, dobrando
essa quantia a partir do 6ª ano, e mantendo esta quantidade
sucessivamente.
Usos: A árvore deve ser cultivada em jardins botânicos, coleções de árvores e pomares para sua preservação. É importante incluir na recomposição florestal por ser árvore clímax (de longa vida) e por ter grande produção de frutos que alimentam a ave-fauna em geral. Os frutos podem ser consumidos in natura destacando os gomos e sorvendo a polpa que envolve a semente. A espécie tem grande potencial para fazer um trabalho de seleção e melhoramento pelo fato de a planta frutificar quase o ano todo e produzir frutos próximos ao solo o que facilita bastante a colheita.
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