GARCINIA SPRUCEANA
FAMILIA DAS CLUSIACEAE |
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DETALHE DAS FRUTAS MADURAS |
DETALHES DAS FOLHAS E FRUTAS EM GRUPO |
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PLANTA |
FRUTAS, POLPA E SEMENTES |
NOME INDIGENA: BACUPARÍZINHO vem do tupi guarani e significa “fruta de cerca” por causa dos ramos ascendentes que crescem na horizontal quando a planta nasce em áreas abertas ou ainda porque os índios cultivavam para cercar suas roças. Também recebe o nome de Uvacupari-mirim ou Bacupari miúdo por causa dos frutinhos pequenos.
Origem: Nativa da floresta amazônica e exclusiva do sub-bosque da floresta de terra firme de maior altitude, no estado do Amazonas, Brasil. Fora do Brasil essa espécie também ocorre no Peru, sul da Colômbia e norte da Bolívia. No site Flora Brasil as informações ainda não foram atualizadas em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/consulta/ficha.html?idDadosListaBrasil=615801
Mais neste site internacional de nomenclatura botânica sim, veja mais informações no link:
https://powo.science.kew.org/taxon/urn:lsid:ipni.org:names:77298833-1
Observações: Espécie de Garcinia que tem o menor fruto e a menor semente. E no Brasil essa espécie era confundida como Garcinia gardneiana, mais recentemente o taxonomista Thiago de Medeiros Mouzinho deu status definido a espécie em uma publicação cientifica em 2022. Apesar de ser de origem tropical, a espécie se adaptou bem ao clima subtropical, resistindo bem a geadas e a seca. Aqui nesta pagina essa espécie estava erroneamente catalogada como Garcinia albuquerquei, mais na época da publicação da pagina em 2021, nenhuma publicação cientifica atualizada existia no Brasil sobre este grupo das Garcinias!
Características: Arvoretas de 2 a 4 m de altura quando cultivada, apreciando sempre ambiente sombreado, tendo copa larga e galhos crescendo mais na lateral do que na vertical. No local de origem pode atingir 6 a 18 m de altura na floresta tropical de altitude. O tronco é ramificado e cilíndrico exsudando látex ou leite creme quando ferido; estes medem de 5 a 15 cm de diâmetro, são angulosos e a casca é castanho escura e áspera. Essa espécie pode ser facilmente identificada por se notar ramos verrucosos (Em Garcinia gardneriana são lisos) e as folhas mais velhas tem coloração amarelada e veias na face dorsal conspícua mais perceptível enquanto que em Garcinia gardneriana são imperceptíveis.
As folhas são opostas, com cabinho caniculado, curto, medindo 6 a 11 mm de comprimento. A lamina é cartácea (como cartulina), oblonga (mais longa que larga) a elíptica (estreita) medindo 7,5 a 12,5 cm de comprimento por 3 a 4,5 cm de largura. O ápice é acuminado e a base é cuneada (forma de cunha). As flores surgem em inflorescência em fascículos opostos axilares, 10-30 flores por fascículo; com botão floral globoso, pedicelo ou cabinho com 1 cm, tendo 2 sépalas orbiculares verdes; 4 pétalas verdes reflexas após antese; com 10 a 12 estames (órgão masculino) e anteras (órgão feminino) amarelo-alaranjado. O fruto é elíptico (alongado), liso, rostrado (com pequena ponta no ápice), medindo 2,5 cm de comprimento por 1,8 cm de largura, com casca fina amarela, envolvendo polpa branca muito adocicada que recobrem 1 a 3 sementes cilíndricas de 10 mm de comprimento por 4 mm de largura.
Dicas para cultivo: É de fácil adaptação aos mais variados tipos de solo e climas, e por isso pode ser cultivado em todo o território brasileiro. Aprecia temperaturas medias de 12 a 38 graus para uma boa safra de frutos, embora seja resistente a quedas bruscas de temperatura de até -3 graus no Rio Grande do Sul, sendo indiferente a máximas de 43 graus quando cultivada na Amazônia. Pode ser cultivado em solos argilosos de áreas inundáveis (plintossolo), em terra roxa ou vermelha de alta fertilidade (nitossolo ou latossolo) e solos brancos ou arenosos de rápida drenagem (argissolo); apreciando pH ácidos a neutros (4,5 a 7,0). As chuvas devem ser bem distribuídas e com uma estação seca de pelo menos 90 dias. Começa a frutificar com 3 a 4 anos após o plantio e essa espécie pode ser cultivada com sucesso em vasos médios e grandes.
Mudas: As sementes são alongadas e recalcitrantes (perdem o poder germinativo rapidamente), por isso devem ser plantadas (escolher sempre as maiores) logo que retiradas da polpa. O substrato de germinação deve conter 50 gramas de farinha de osso para 1 carinho de terra de superfície + 50 % de matéria orgânica bem curtida. As sementes germinam com 45 a 70 dias, com índice de germinação de 80%. As mudinhas podem ser transplantadas com 10 cm ou 6 folhas definitivas, em sacos de 30 cm de altura e 15 cm de largura contendo substrato isento de calcário e enriquecido com 40% de matéria orgânica bem curtida feita de galhos e folgas triturados. Após o transplante as mudas devem ficar em sombreamento de 50% até atingirem 35 cm, quando devem ser transferidas para o sol pleno. As mudas crescem lentamente, ficando com 35 cm aos 15 meses de vida, quando já podem ser plantadas no local definitivo.
Plantando: O espaçamento em pleno sol ou na sombra deve ser de no mínimo 5 x 5 m entre plantas. As covas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e ser preparadas com 3 meses de antecedência, adicionando aos 30 cm da terra da superfície 5 a 6 pás de composto orgânico bem curtido, feito de galhos e folgas triturados, + 50g de farinha de osso e 50 gramas de torta de mamona. O plantio deve ser feito no inicio das chuvas em setembro e outubro. Nos primeiros 3 meses convém fazer uma irrigação com 10 l de água a cada 15 dias. Para saber como fazer um bom plantio, clique aqui.
Cultivando: Não é exigente a irrigações frequentes, mais requer que a coroa de onde foi plantada tenha cerca de 10 cm de cobertura morta (capim seco) para manter a umidade. Fazer podas de limpeza e formação no inverno eliminando os ramos que brotarem na base do tronco e os galhos cruzados ou voltados para o interior da copa. A adubação é feita com 3 pás de composto orgânico bem curtido + 50 g de farinha de osso + 50 g de torta de mamona, no inicio da floração beneficia a circulação da seiva da planta e evita as pipocas ou bolhas na casca do fruto. Nos meses de novembro faz-se a adubação superficialmente a 10 cm do tronco até um raio de 50 a 80 cm de distancia do mesmo, sempre na projeção da copa.
Usos: Frutifica nos meses de fevereiro a abril. Os frutos são pequenos mais tem sabor muito agradável (melhor que o achachairú) e a casca também pode ser consumida in natura tendo propriedades refrescantes! Os frutos atraem diversas espécies de pássaros e pequenos macacos! A árvore é de belo efeito ornamental e não podem faltar no pomar de sua chácara ou fazenda e também estar presente em projetos de revegetação permanente.
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