SOLANUM OOCARPUM

 

FAMILIA DAS SOLANACEAE

 

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PLANTA

FLORES

FRUTOS

FRUTOS, POLPA E SEMENTES

 

NOME COMUM: JUÁ-SSÚ vem do tupi guarani e significa “fruto amarelo grande”. Também recebe o nome de Cubiú do mato, Juá-boi, Jurubeba Açu e Berinjela do mato.

 

ORIGEM: Espécie muito rara e ocasional, aparecendo como arbusto escalador no meio de florestas semideciduais montanas de maior altitude. Pode ser encontrado em Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal, Brasil.

Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Solanum_oocarpum

 

ASSISTA AO VÍDEO PARA SABER MAIS E SE INSCREVA NO CANAL ACESSANDO O LINK: https://www.youtube.com/watch?v=EzBhfyhs5bQ

 

OBSERVAÇÕES: Frutífera rara, conhecida apenas por antigos moradores de Angatuba – SP, descoberta nas expedições do “Projeto Colecionando Frutas” em 2.008. Na mata se comporta como trepadeira e produz grande quantidade de frutos. Quando cultivada em pleno sol é um arbusto com ramos pendentes. Essa espécie estava erroneamente classificada nessa pagina como Solanum robustum.

 

Características: Planta perene, arbustiva, ramificada, ou planta apoiadora e trepadora quando na floresta. Cultivada no sol cresce até 2 m de altura com copa de até 3 m de diâmetro; cultivada na sombra de arvores a planta cresce como um cipó até a copa das arvores. O caule é lenhoso, espesso, com vários espinhos triangulares com ponta aguda, a casca do caule é castanho escuro e este chega a medir 2,5 a 7 cm de diâmetro. Os ramos novos e inflorescências são facilmente identificados por se observar pelos estrelados. As folhas são simples, alternas, papiráceas (textura de papel), as jovens são sinuadas e angulosas e as mais velhas tem margem lisa ou lobada (com recortes pouco profundos), medindo 12 a 34 cm de comprimento por 4 a 13 cm de largura. A base da lamina é cuneada (como cunha) e ápice acuminado (com ponta longa); com nervura central pilosa (coberta de pelos dourados) e alguns espinhos. A inflorescência é cimosa (cacho com forma piramidal) com até 4 a 10 flores, com pedúnculo (haste ou suporte) medindo 2 cm de comprimento. A flor é formada de cálice (invólucro externo) verde e com pelos estrelados com 5 lobos (recortes) e corola (invólucro interno) com 5 pétalas brancas cobertas pubescencia (de pelos) amarelos. O fruto é uma baga globosa de 3 a 5,6 cm de altura por 2,5 a 4,2 cm de largura, com cálice persistente, tendo casca fina de cor amarelada com rajas esverdeadas e polpa amarela de sabor acidulado com sementes pretas.

 

Dicas para cultivo: Planta de crescimento rápido que deve ser cultivada preferencialmente em pleno sol. A planta tem ciclo perene, aprecia climas subtropicais, suportando temperaturas mínimas de - 3 graus e máximas de 35 graus. Vegeta bem em altitudes variando desde os 300 m até 1.000 m. Aprecia solos profundos, úmido, acido (com pH entre 4,8 a 5,8), com constituição arenosa e argilosa, apreciando também latossolos vermelhos ou amarelados.  É preciso plantas no mínimo 2 plantas para uma melhor frutificação. As plantas iniciam a frutificação com 1 ano após o plantio e frutifica por mais de 6 anos seguidos.

 

Mudas: As sementes são reniformes (com forma de rim), e pequenas de cor preta e após limpas sob peneira na água corrente e secas ao sol podem ser guardadas em frascos por mais de 1 ano. Convém semear as sementes em jardineiras de 50 cm de comprimento, 20 cm de largura e altura contendo substrato feito de 40% de terra vermelha, 40% de matéria orgânica bem curtida e 20% de areia. Cobrir as sementes com fina camada e irrigar delicadamente. A germinação ocorre em 30 a 40 dias e as plântulas podem ser mudadas para sacos individuais quando estiverem com 10 cm de altura. Após o transplante deixe-as na sombra plena por uns 30 dias até o completo pegamento. As mudas atingem 40 cm de altura com 6 a 7 meses após a germinação.

 

Plantando: Pode ser plantada em pleno sol, se o objetivo é uma produção mais rápida dos frutos e ter uma planta arbustiva; ou pode ser cultivada na sombra de bosques com arvores onde a planta se tornará um cipó e deixará cair os frutos quando maduros. Plantar num espaçamento entre plantas de 4 x 4 m. As covas devem ser abertas com 2 meses antes do plantio e devem ter 50 cm nas três dimensões e ser preparada adicionando 300g de calcário e 500 g de cinzas e 4 a 5 pás de matéria orgânica bem curtida. A melhor época de plantar é nos meses de setembro a outubro, e depois irrigar quinzenalmente nos primeiros 3 meses.

 

Cultivando: Fazer apenas podas de formação e eliminar os brotos que nascerem na base do caule. Caso o local tenha muito vento, convém fincar uma taquara para se amarrar a planta. No inverno se faz a poda de limpeza tirando os galhos secos e cortando os ponteiros que estiverem inclinados para o chão. Adubar nos meses de setembro a outubro com composto orgânico, pode ser 2 a 3 pás de matéria orgânica bem curtida + 30 gr de N-P-K 10-10-10 distribuídos em sulcos a 30 cm do caule. Manter cobertura morta por volta do pé para manter a umidade.

 

Usos: Frutifica nos meses de junho a agosto. A planta pode ser plantada para fazer parte de enriquecimento de áreas já reflorestadas, provendo alimento para a fauna em geral. Os frutos são comestíveis in natura e podem ser usados para fazer sucos e em pratos salgados como refogados, sopas, caponatas e molhos para macarronadas e outros legumes. Este Juá é muito mais saboroso e de mais fácil cultivo que o Maná-cubiu (Solanum sessiliflorum) e tem grande potencial para ser cultivado comercialmente quer como fruta ou legume. No ano de 2.018, forneci frutas para um estudo para mostrar as propriedades nutricionais dessa fruta o foram caracterizados 26 elementos conforme a tese que pode ser vista no link:

http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/345540/1/Pereira_AnaPaulaAparecida_D.pdf

 

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