SAGERETIA
ELEGANS FAMILIA DAS RHAMNACEAE |
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DESSA PAGINA. |
Habito trepador |
Detalhe das folhas |
FLORES PENTAMERAS (ORGANIZADAS A BASE DE 5) |
Pelos nas folhas recém brotadas |
Tronco |
Casca do caule e detalhe da brotação no espinho |
Frutos amadurecendo |
Frutos secos e sementes |
NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: CAMBUÍTÍ CIPÓ vem do tupi guarani e significa “cipó de ramo fino, Tí - é espinho”. Também recebe o nome de Cambuí cipó de espinho, groselha de espinho e Juazinho de cipó.
ORIGEM: Planta muito rara que ocorre na floresta semidecidua do município de Angatuba; onde é encontrada tanto em locais altos (600 a 700m de altitude) onde brotam minas de água, ou ainda na beira de ribeirões. A espécie nunca foi registrada como ocorrente no Brasil, (não consta em http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/ResultadoDaConsultaNovaConsulta.do) muito embora a espécie habite outros países da America do Sul e Central, conforme mostram os links abaixo: http://www.discoverlife.org/mp/20m?kind=Sageretia+elegans e http://fm1.fieldmuseum.org/vrrc/?PHPSESSID=444f586a798a9b41b0d69635c94a5e48&page=results&rpno=1&family=RHAMNACEAE&genus=Sageretia&species=&intPerPage=25
OBSERVAÇÕES: Atualmente
já temos 2 plantas cultivadas e produzindo no sitio
frutas raras. Também temos mudas disponíveis dessa rara e saborosa frutinha.
ASSISTA AO VÍDEO
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HISTÓRICO: espécie encontrada pela primeira vez na expedição em fins de 2.009 onde a primeira vista a planta se assemelhava-se a outras trepadeiras conhecidas como o Gurrupiá (Celtis iguanea) e o Salta Martim (Strychnus
brasiliensis), tendo o mesmo habito escalador ou trepador. Ao analisar as folhas concluí que poderia ser uma
espécie do gênero Ziziphus. Mais precisava encontrar
flores e frutos que só foram encontrados em fevereiro de 2.011. Nesse período
achei que a planta poderia ser uma espécie do gênero Duranta
(Verbenaceae) por causa das flores em cimeira (Cacho
que termina com uma flor) terminais. Mais eu estava errado e a especialista na
família Verbenaceae ao analisar o material confirmou
que não se trata de uma verbenácea porque as flores não são bilabiadas (com
flores com bordos na forma de lábios). Ao estudar novamente as características
da planta observei que as folhas tem as 3 nervuras
características e idênticas as folhas de Ziziphus e Hovenia; e as flores são gamossépalas (Sépalas fundidas em
uma só estrutura) e pentâmeras (organizadas a base de 5, contendo 5 lobos e 5
estames). Também observei que as sementes são achatadas com formato de coração
e muito semelhantes as sementes de Scutia
buxifolia. Somente agora em dezembro de 2.012 é
que pude identificar com exatidão a espécie como Sageretia
elegans, e fico muito feliz de esta minha
descoberta ser o primeiro registro da espécie para o Brasil! Observem as fotos
acima.
CARACTERISTICAS: Espécie trepadeira que tem ramos escandentes que com a ajuda de pares de espinhos vão se enroscando e crescendo sobre as arvores. Em céu aberto a planta forma touceiras densas com ramos escandentes que se entrelaçam. O tronco é marrom escuro e fendilhado (como que cortado no sentido vertical) tendo ocasionais espinhos paralelos que apresentam brotações de folhinhas na ponta. As folhas são simples, alternadas, membranáceas (textura delicada) com bordas onduladas e quando novas são pilosas e ásperas. A lamina foliar está fixada sob pedúnculo (haste ou suporte) de 3 a 5 mm de comprimento e canaliculado (como calha); e chega a medir 2,6 a 4,8 cm de comprimento por 2 a 3,7 cm de largura; a base é obtusa (arredondada) o ápice é acuminado (com ponta longa) e o corpo da folha exibe 3 nervuras características da família Ramnaceae. As flores são gamossépalas (Sépalas fundidas em uma só estrutura) e pentâmeras (organizadas a base de 5, contendo 5 lobos e 5 estames) e nascem em cimeiras (cacho que termina com uma flor) terminais de 5 a 20 cm de comprimento. Os frutos são bagas de 6 a 14 mm de diâmetro de coloração roxo azulado com polpa liquida encerrando 2 a 4 sementes planas com formato de coração medindo 2 a 4 mm de comprimento.
Dicas para cultivo: A planta é resistente a geadas de até – 3 graus, podendo suportar algum período de seca. Pode ser cultivada em qualquer altitude à pleno sol ou em ambiente sombreado. O solo deve ser profundo, úmido, com constituição arenosa ou argilosa (solo vermelho), pH entre 5,5 a 6,2 e rico em matéria orgânica. Pode ser cultivada em cercas de arames ou em parreiras feitas com 4 ou 6 mourões ou postes que tenham 2,20 m de comprimento que devem ser fincados numa distancia de 2 m de largura entre filas e 2,5 m entre mourões. As covas para se fincar os mourões devem ter 60 cm de profundidade de modo que sobre 1,60 na altura, aonde na cabeça dos mourões deve ser fixados arames que vão tutorar os galhos trepadores. Depois que os arames das bordas e centrais forem bem fixados, deve-se fazer uma malha passando arames nº 18 a 40 cm de distancia no sentido do comprimento e largura. Depois de pronta a parreira, fazer uma ou 2 covas de cada lado e na hora de plantar a muda é bom fincar uma taquara para guiar a planta.
Mudas: As sementes são subcordiformes (semelhante ao coração) e conservam o poder germinativo por até 90 dias depois de despolpadas e secas na sombra. Germinam em 40 a 60 dias, se plantas em substrato feito de 30% de terra vermelha, 20% de areia e 50 % de matéria orgânica bem curtida. As mudas atingem 30 cm com 8 a 10 meses no viveiro. A planta inicia a frutificação com 2 a 3 anos após o plantio.
Plantando: As covas devem ter 50 cm nas três dimensões e ser preenchidas principalmente com 6 pás de esterco curtido misturado com folhas em decomposição + 1 kg de cinzas, 500g de calcário. Pode ser plantada num espaçamento de 4 x 4 m entre plantas. Após o plantio irrigar com 10 l de água, depois repetir a mesma irrigação a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época da florada. A melhor época de plantio é de novembro a dezembro.
Cultivando: Deve-se observar o crescimento dos ramos e guiá-los até a malha de arame da parreira aonde as gavinhas vão se prender naturalmente. A cada 3 anos é bom fazer uma poda de limpeza tirando o excesso de ramos sobre a parreira. Adubar anualmente no inicio do verão com composto orgânico, pode ser 3 kg de composto orgânico bem curtido + 30 gr de N-P-K 10-10-10, distribuindo na coroa do pé da planta, distanciados a 30 cm do tronco principal.
Usos: Frutifica de Janeiro a março. Os frutos são pequenos
mais riquíssimos em antioxidantes. Podem ser consumidos in natura, pois tem
delicioso sabor de acerola com groselha. Também podem ser utilizados para fazer
sucos e sorvetes deliciosos. Com as folhas jovens se pode fazer um chá
semelhante ao chá verde. A planta é rara e precisa ser cultivada e preservada.
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