MONSTERA ADANSONII

 

FAMÍLIA DAS ARACEAS

 

 

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FRUTO AMADURESCENDO E INFLORESCENCIA

PLANTA CULTIVADA NO CAULE DO COCO JERIVÁ

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: IMBÉ vem do tupi guarani, mais o significado não foi descoberto, mais possivelmente se refira as fibras fortes fabricadas com as raízes dessa espécie. Também recebe o nome de Banana de mico, ou Banana de macaco e o nome como planta ornamental é Costela de Adão.

 

ORIGEM: Planta epífita (nasce sobre arvores) ou terrestre que ocorre na maior parte do Brasil, principalmente no bioma da mata atlântica e floresta amazônica. Mais informações no link:  http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Monstera_adansonii

 

OBSERVAÇÕES: Espécie encontrada em nossas expedições na mata atlântica no ano de 2.018, e cultivada através de semente, e começou a produzir aqui em 2021.

 

CARACTERISTICAS: O Imbé é uma trepadeira herbácea e robusta e de crescimento moderado, que pode esparramar pelo solo ou crescendo no tronco de arvores ou paredes úmidas até 10 metros de altura. As folhas nascem dos talos ou cipós cilíndricos com 2,5 cm a 6.5 cm de diâmetro que produzem numerosas raízes aéreas e fibrosas que atingem o chão. As folhas são grandes duras e medem 21 cm a 55 cm de comprimento por 18 cm a 30 cm de largura, sob pecíolos (haste ou suporte) de 20 a 42 cm de comprimento e nitidamente caniculado (com canaleta). A lamina foliar tem forma oval, fenestrada, ou seja, com cortes ou aberturas na lamina foliar que penetram até um terço da folha tornando as margens repicadas; ou observam-se perfurações elípticas ou oblongas no corpo da lamina. A base é arredondada e o ápice apiculado (com ponta curta).

A inflorescência nasce nas exilas das folhas terminais em pedicelo (haste ou suporte) de 10 a 2 cm de comprimento por até 0,7 mm de diâmetro, com uma bráctea ( folha modificada) espessa, de cor creme esbranquiçada que envolve uma espádice (espiga com eixo carnoso) com flores diclinas (dos dois sexos: masculinas e femininas) e quase imperceptíveis. A infrutescência imatura  mede 10 a 18 cm por 2 a 3 cm, com  fruticulos compostos, e quando maduros medem 1,5 a 1,8 cm por 0,5 a 0,7 cm, com coloração verde-amarelados. Essa espécie pode ser facilmente identificada por se observar características marcantes da lâmina foliar adulta fenestrada, pecíolo longo com mais de 20 cm de comprimento, fortemente canaliculado com alas persistentes e bainha bem longa. A espécie é semelhante à Monsthera deliciosa, da qual se diferencia por esta apresentar hábito terrícola ascendente, lâmina foliar fenestradas e recortadas, com base cordada, enquanto Monsthera adansonii apresenta hábito hemiepífito e lâmina foliar apenas fenestradas, com base cuneada a arredondada.

 

Dicas para cultivo: Planta subtropical, resiste bem a seca de até 6 meses e a geadas de até – 3 grau, podendo ser cultivada tanto na sombra ou em locais onde pegue o sol da manhã, sempre sobre troncos secos ou de arvores vivas cascudas. Pode ser plantada em todo o Brasil, em qualquer altitude; adapta-se a qualquer tipo de solo, que drenem bem as águas da chuva ou até solos argilosos, sujeito a inundações na beira de rios. Também pode ser cultivada no interior de casas ou em escritórios em vasos grandes. Mudas propagadas vegetativamente começam a produzir com 2 anos enquanto mudas feitas de sementes iniciam a frutificação com 3 a 4 anos. Plantas cultivadas dentro de casa em vasos dificilmente frutificam.

 

Mudas: As sementes são pequeninas, brancas e do tamanho de ervilhas pequenas, e podem ser lavadas em água corrente para retirada da polpa e secas na sombra por 10 horas. Convém semear superficialmente em substrato de terra vegetal ou húmus de minhoca. Deve-se colocar o substrato num frasco preenchendo 40% da altura. Irrigar levemente e manter tampado. Esse sistema de micro estufa fará com que a germinação ocorre em 20-30 dias. Depois quando as plântulas estiverem com 5 cm o transplante é realizado para sacos individuais. O crescimento das mudas é lento atingindo 30 cm com 6 a 8 meses de plantio. Pode ser propagadas por estacas de brotações laterais retiradas do tronco da planta mãe.

 

Plantando: Deve ser plantada em ambiente sombreado ou em bosques sobre arvores grandes e cascudas onde a planta pode fixar suas raízes. Se plantadas no solo abra covas com espaçamento de 4 x 4 m. As covas devem ter 50 cm nas 3 dimensões e ser preparadas com 20% de areia, 40% de matéria orgânica bem curtida feita de galhos e folhas triturados e 40% de terra de superfície, tudo bem misturado, deixando curtir por 2 meses antes do plantio. A melhor época de plantio é nos meses de outubro a dezembro. Para plantar em vasos, se deve escolher recipientes grandes e fortes com 40 a 50 cm de altura e 30 a 60 cm de diâmetro; estes devem ser preenchidos com pedaços de casca de arvores ou pedaços de pau secos no fundo e depois com substrato poroso e rico em matéria orgânica. Uma vez por ano jogue por baixo dos ramos 1 pá de matéria orgânica bem curtida. Se a planta estiver a céu aberto, Irrigue somente se não houver sereno/orvalho ou chuva constante, dentro da casa irrigue 2 ou 3 vezes na semana.

 

Cultivando: planta muito rústica e de fácil cultivo que não necessita de podas de galhos por não os ter. Apenas se deve fazer podas de limpeza, retirando as folhas velhas e amareladas. As raízes aéreas não devem ser cortadas. Adubar a planta 1 vez por ano com 2 a 3 pás de comporto orgânico bem curtido feito de galhos e folhas triturados + 40 gramas de farinha de osso e 40 gramas de torta de mamona, polvilhados por baixo das folhas. Se ficar sem chover por mais de 1 mês, faça irrigações semanais.

 

USOS: Frutifica nos meses de fevereiro a maio. Os frutos são comestíveis mais devem ser consumidos apenas chupando a polpa, pois se morder, as sementes contem oxalato de cálcio (cristais ou agulhas em miniatura) que faz com que a língua, boa e garganta fiquem picando. Não há toxinas no fruto mais apenas esse inconveniente causado pelo formato do mineral. É por isso que os indígenas tomavam apenas o suco ou liquido do fruto espremido, coando as sementes. A planta é muito cultivada como ornamental ou em vasos dentro de casa. Essa espécie também deve ser utilizada em reflorestamentos pois seus frutos são muito apreciados por diversos animais silvestres como gralhas, sabiás, gambás, guaiquicas, micos e macacos.

 

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