MORUS CELTIDIFOLIA
FAMILIA DAS MORACEAE |
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TRONCO |
FLOR MACULINA ACIMA E FEMININA ABAIXO |
PLANTA |
FRUTAS |
NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: GURRIPIARANA vem do tipi e a etimologia significa “Parecido ou semelhante ao Gurrupiá” (Celtis
iguanea), por causa da semelhança das folhas. Também é conhecida como Amora Brasileira, Amora do mato e Amora vermelha.
ORIGEM E OBSERVAÇÕES: Espécie rara encontrada principalmente no Peru e Equador, aparecendo em algumas ocorrências no estado do Acre e Rondônia. Nas minhas expedições em 2.010 foi uma surpresa encontrar essa raridade em uma formação de capoeira da Floresta semidecidua no Município de Campina do Monte Alegre – SP; a espécie ocorre juntamente com a Taiuva (Maclura tinctoria), Pau de lagarto (Casearia sylvestris) e o Gurrupiá (Celtis iguanea). Essa espécie difere da Amora comum (Morus Alba) principalmente por ter folhas menores acuminadas (com ponta longa) e bem semelhantes as do gênero Celtis (Essa é a razão da espécie ser chamada de CELTIDIFOLIA). O tronco é bem amarelado (como se pode ver na foto acima) e o mesmo exsuda látex amarelo como a taiuva, diferenciando da amora comum que exsuda látex branco. Compare as fotos que fiz da planta com as fotos da exsicata do FIED MUSEUM disponível em: http://fm2.fieldmuseum.org/vrrc/max/MORA-moru-celt-ecu-1554886.jpg (Planta feminina) e http://fm2.fieldmuseum.org/vrrc/max/MORA-moru-celt-mex-104430.jpg (Planta masculina).
Características: Arvoreta ramificada de 2 a 4 metros de altura, com ramos decumbentes ou arcados para baixo. O tronco é arredondado de coloração amarela escura e casca áspera; que deixa exsudar látex amarelado quando cortado. As folhas são papiraceáceas (de textura papel), alternas com formato ovado, medindo 5 a 7 cm de comprimento por 3,2 a 5,4 cm de largura, com pecíolo de 2 a 4,5 cm de comprimento, tendo bordas serreadas e às vezes lobadas (com recortes) no caso de plantas masculinas. As flores são dióicas (masculinas e femininas em arvores separadas), nascem nas axilas das folhas em grupos de 2 a 4 receptáculos (tipo de pedúnculo ou haste que se alarga) do qual se inserem estames (pequenos tubos do aparelho masculino que carrega o pólen) brancos de tamanhos variados. O gineceu (órgão feminino) é bicarpelar (com carpelos ou tecidos concrescidos que forma o fruto) com ovário (órgão que contem os óvulos) ínfero (que fica dentro do carpelo) uniovulados (com um óvulo ou futura semente), fecundados por pistilos ou glândulas diminutas desprovidas de filetes (pequenos tubos). O fruto é uma sorose (tipo de fruto carnoso e agregado) cilíndrica de 1,5 a 3 cm de comprimento por 0,8 cm a 1,2 cm de largura de cor vermelho escuro, carnoso e suculento, envolvendo minúsculas sementinhas castanhas.
Dicas para cultivo: Planta de fácil cultivo e rápido crescimento, bastante resiste a baixas temperaturas (até – 3 graus). Pode ser cultivada em todo o Brasil, e em qualquer altitude. Aprecia diversos tipos de solos, desde arenosos, turfosos e até arenosos, mais estes devem ser profundos, úmido, neutro (com pH ente 5,0 a 6,2). Começa a frutificar com 1 ano após o plantio se multiplicada por estaquia ou com 2 a 3 anos se cultivada por sementes, tendo o inconveniente de formarem plantas masculinas improdutivas e femininas que são produtivas.
Mudas: As sementes são pequenas e recalcitrantes (perdem o poder germinativo em 30 dias se forem secas). Por isso devem ser semeadas logo que colhidas em jardineiras preenchidas com substrato feito de 40% de terra, 20% de areia e 40% de matéria orgânica. A germinação inicia-se com 15 a 35 dias e quando as plântulas estiverem com 10 cm de altura podem ser transplantadas para embalagens individuais que devem ser deixadas em local com sombreamento de 50%. As mudas atingem 35 cm com 4 a 5 meses após a germinação. A multiplicação por estaca é feita de outubro a novembro cortando da planta mãe estacas maduras com 30 cm altura por 0,9 a 15 mm de diâmetro. Devem ser plantadas em saquinhos contendo o mesmo substrato indicado acima, fincando 6 a 8 cm da base da estaca.
Plantando: Pode ser plantada a pleno sol como em bosques com arvores grandes bem espaçadas. Espaçamento 5 x 5 m entre plantas. É bom fazer covas de 50 cm nas três dimensões e prepará-las com 2 meses de antecedência misturando aos 30 cm da terra inicial da cova 1 kg de calcário, 1 kg de cinzas e cerca de 6 pás de matéria orgânica. A melhor época de plantio é de setembro a novembro. Após o plantio irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época da florada.
Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco ou os cruzados e voltados para o interior da copa, que estejam atrapalhando a ventilação. Adubar com composto orgânico, pode ser 5 pás de cama de frango bem curtido + 30 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 3ª ano, depois manter essa adubação.
Usos: Frutifica nos meses de Outubro a Dezembro. Os frutos são consumidos in natura e muito apreciados. Os frutos são ótimos para se fazer bolo e também servem para fabricar sucos, sorvetes e geleias. As flores são masculinas ou femininas são apícolas e a arvore é ornamental podendo ser cultivada com sucesso tanto na arborização urbana ou em projetos de reflorestamentos.
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