EUGENIA STICTOPETALA
FAMILIA DAS MYRTACEAE |
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COPA A SEGUNDO PLANO |
TRONCO |
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FRUTOS |
FRUTOS, POLPA E SEMENTES |
NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: CUXITA-JUBA – vem do tupi-guarani mais a etimologia não foi decifrada ainda. O adjetivo JUBA quer dizer amarelo. Também é chamada de Pitangão amarelo e Cajá-pitanga ou Goiabão do mato.
Origem: Endêmica do sub-bosque e da beira de riachos da floresta amazônica e na floresta atlântica nos estados da região norte e na Bahia, Minas Gerais e Espirito Santo, Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Eugenia_stictopetala
OBSERVAÇÕES: Espécie descoberta em minhas expedições em agosto de 2.012 e essa foi o primeiro registro de sua ocorrência para o estado de São Paulo, município de São Miguel Arcanjo. Antes essa espécie estava erroneamente identificada como Eugenia multirrimosa.
Características: Arvore de 3 a 5 m de altura quando cultivada, mais na mata atinge 10 a 25 m de altura. O tronco é reto de cor castanho claro de 30 a 40 cm de diâmetro e a casca é descamante em placas irregulares, verticais e longas. A copa é ramificada e arredondada. As folhas são simples, opostas de textura cartácea (como cartolina), glabras (sem pelos) em ambas as faces, medindo 5 a 9 cm de comprimento por 2 a 3,4 cm de largura, sob pecíolo (haste ou suporte) de até 2 cm de comprimento e caniculado (como calha). A lamina têm coloração verde clara, a base é arredondada e ápice atenuado (que se afina gradativamente). As flores nascem nos ramos desfolhados e fascículos (pequenos feixes). Eu não observei as flores por isso não posso descrevê-las. Os frutos são bagas monospermas (com uma semente) de 3,5 a 5 cm de comprimento por 2,5 a 3,5 cm de largura e pericarpo (polpa) amarelo alaranjada de 4 a 6 mm de espessura envolvendo 1 semente oblongada de 1,5 a 2,3 cm de comprimento.
Dicas para cultivo: Planta de crescimento moderado que prefere beira de rios e solos úmidos. Apesar de ter grande porte na floresta, quando cultivada começa a frutificar com 2 m de altura e atinge no máximo 5 metros. É resiste a geadas de até – 3 graus. Pode ser cultivada em todo o Brasil, em qualquer altitude; preferencialmente na borda de banhados ou riachos onde o solo é úmido, rico em matéria orgânica e com pH por volta de 5,2 a 6,6. É preciso plantas no mínimo 2 plantas para uma melhor produção. Pode ser cultivada na beira de rios onde podem ocorrer inundações periódicas.
Mudas: As sementes são oblongas (mais longa que larga) e conservam o poder germinativo por até 4 meses se forem limpas e secas na sombra. A germinação se inicia em 60 a 120 dias, e recomendo que sejam plantadas diretamente em saquinhos individuais com substrato organo-arenoso. Formar as mudas em local com sombreamento de 40% da luz e que receba irrigação diária. As mudas atingem 30 cm com 9 a 10 meses após a germinação. As plantas iniciam frutificação com 3 a 5 anos a depender do clima e tratos culturais.
Plantando: Pode ser plantada a pleno sol se o solo conservar boa umidade, mais se o solo for mais seco, é bom fazer um sombreamento por no mínimo 2 anos; ou no meio de bosques com arvores grandes bem espaçadas. Espaçamento 5 x 5 m entre plantas. É bom fazer covas de 50 cm nas três dimensões e prepará-las com 2 meses de antecedência misturando aos 30 cm da terra inicial da cova 1kg de calcário, 1 kg de cinzas e cerca de 6 pás de matéria orgânica. A melhor época de plantio é de outubro a novembro. Após o plantio irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época da florada.
Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco. Adubar com composto orgânico, pode ser 5 pás de cama de frango bem curtido + 30 gr de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 3ª ano, depois manter essa adubação.
Usos: Frutifica nos meses de julho a setembro. O fruto não tem muita polpa mais esta tem gosto bom e semelhante ao do Cajá-mirim com uma mistura de Araçá amarelo. As flores produzem muito néctar e pólen e os frutos são um dos prediletos do muiríqui ou mono-carboeiro. A árvore é muito bonita quando está em frutificação e por ser planta rara precisa ser cultivada para sua preservação.
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