EUGENIA CAMPININHA

 

FAMÍLIA DAS MYRTACEAE

 

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FRUTAS MADURAS E VERDES

PLANTA CULTIVADA

FLORES

FRUTOS, POLPA E SEMENTES

 

NOME INDIGENA: CABAMIXÁ vem do tupi guarani e significa “erva que dá fruto que aperta a língua”, por causa da acidez do fruto. Também é chamada de Perinha do campo, Pêra do Campo e Cabacinha. O NOME cientifico para espécie “campininha” é o nome carinhoso e abreviado que os moradores de Campina do Monte Alegre – SP, assim chamam o município, e foi dado para homenagear o município, pois foi onde encontrei as primeiras plantas no ano 2000.  

 

OBSERVAÇÕES: Antes eu acreditava que eram 2 variedades de Pêra do campo, mais na verdade são 2 espécies distintas: a que dá frutos grandes de até 10 cm e notadamente pubescentes (com pelos longos) é classificada como Eugenia klotzschiana e outra variedade nativa e encontrada por mim no estado de São Paulo que dá frutos menores de 3 a 6 cm com casca bem amarela e glabra (sem pelos); que na verdade era uma nova espécie não descrita pela ciência e identificada erroneamente como Eugenia arenosa nesta pagina desde 2014 até 2022. Foi só no ano de 2023 que o artigo cientifico Eugenia campininha (Myrtaceae), a new species from São Paulo, Brazil, foi publicado (Clique no tema do artigo para ver a publicação). A espécie foi descrita por mim HELTON J. T. MUNIZ como primeiro autor e outros especialistas: ANTÔNIO MORSCHBAKER, JAIR E. Q. FARIA e MARCOS SOBRAL.

 

Origem: Nativa e endêmica do sul e do estado de São Paulo, aparecendo com muita raridade nos campos, e cerrados abertos. Só há registro da espécie em 3 Localidades no estado de São Paulo, Brasil. Mais informações no link: https://phytotaxa.mapress.com/pt/article/view/phytotaxa.613.3.10

 

Características: arbustos que formam touceiras de 60 cm a raramente uma arvoreta de 3,5 m de altura (se estiver em solo fértil); geralmente formam múltiplos ramos ou varetas que surgem das raízes subterrâneas. Os caules)  principais medem de 1,5 a 3 cm de diâmetro na base a 10 cm do solo, tem casca castanho-avermelhada. As brotações são avermelhadas e juntamente com os ramos novos, são cobertos de tricomas (pelos em forma de T) cinéreos (acinzentados). As folhas são simples, opostas, oblanceolada (com forma de lança invertida) cartácea (como cartolina), ficando glabra (sem pelos) quando mais velha. A lamina foliar mede 4,5 a 8,5 cm de comprimento por 1,6 a 3,5 cm, com ápice agudo ou acuminado (com ponta longa) e base cuneada (em forma de cunha), ou obtusa (arredondada). As flores surgem nas axilas ou são subterminais em grupos de 2 a 6 flores sob pedicelos (haste ou suporte) de 1 a 4 cm de comprimento. As flores abertas são brancas e medem 1,5 cm de diâmetro e os lobos ou recortes do cálice são quadrados. Os frutos são piriformes, doces acidulados, perfumados e saborosos, com 1 a 5 sementes.

 

Dicas para cultivo: Planta de crescimento lento, que resiste bem a geadas de até 4 graus negativos. Preferem altitudes de 450 a 960 m acima do nível do mar; porém, pode ser cultivada em altitudes ao nível do mar ou pouco mais, tendo o inconveniente de demorar mais para produzir. É resistente a períodos de estiagens longos de até 5 meses sem chuva. Quanto aos solos, aprecia os bem drenados e profundos, os quais são classificados como neossolo (areia e quartzo), latossolo (terra vermelha ou amarela) e nitossolo (terra vermelha de alta fertilidade onde a planta pode atingir 4 m de altura). Aprecia solo acido com pH entre 4,0 a 5,5. A melhor época do plantio é no verão a partir do mês de outubro. Pode ser cultivada com sucesso em vasos grandes (de 50 cm de altura por 40 cm de largura, colocando a mesma mistura indicada para mudas abaixo, tomando o cuidado apenas de colocar uns 4 cm de pedra no fundo do vaso para ocorrer uma drenagem rápida.

 

Mudas: As sementes são grandes e recalcitrantes (perdem o poder germinativo se forem secas), por isso devem ser semeada logo que colhida e despolpada. O melhor substrato é feito com 20% de areia de rio, 50% de terra vermelha e 30% de matéria orgânica. Convém usar sacos de no mínimo 20 cm de altura por causa do sistema radicular profundo e fazer a semeadura direta de 1 ou 2 sementes por embalagem, visto que a plântula é muito sensível ao transplante. Deixar os saquinhos semeados em pleno sol e irrigar dia sim, dia não. A taxa de germinação é de 90% e a emergência se inicia com 45 a 90 dias. O crescimento das plantas é moderado, e as mudas atingem 20 cm de altura em 15 meses após a germinação.

 

Plantando: Plantar num espaçamento de 1,5 m por 3 m em solos arenosos ou de 2,5 por 4 m em solos com boa fertilidade natural. As covas devem ser abertas com 50 cm nas três dimensões e preparadas com 2 a 3 meses de antecedência ao plantio e misturar aos 20 cm da terra da superfície de 4 a 6 pás de matéria orgânica vegetal (Clique aqui para saber mais)+ 50 gramas de farinha de osso (Ou farinha de chifre e casco) + 50 gramas de cinza ou torta de mamona. A irrigação após o plantio é feita com 10 l de água a cada 15 dias se não chover, depois do 1 ano após o plantio não é preciso mais irrigar.

 

Cultivando: Não é necessário fazer podas em função do pequeno porte. A capina se faz necessária pois o mato impede o desenvolvimento da planta, principalmente o capim branquearia que produz toxinas no solo e pode causar a morte da planta. Adubar com composto orgânico, 3 a 4 pás do composto de galhos e folhas decompostos + 50 gramas de farinha de osso (Ou farinha de chifre e casco) + 50 gramas de cinza ou torta de mamona dobrando essa quantia a partir do 5ª ano.

 

Usos: Frutifica nos meses de Outubro a Dezembro. Os frutos são consumidos in natura e muito apreciados. Também servem para fazer sucos com água e a polpa pode ser usada para fazer frizantes, sorvetes, bolos e geleias. A planta não pode faltar em projetos de recuperação dos cerrados e nas melhores coleções de frutas em pomares ou vasos.

 

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