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SOLANUM SCHIZANDRUM FAMÍLIA DAS SOLANACEAE |
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FLORES |
FRUTOS PRONTOS E VERDES |
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PLANTA ESCANDENTE |
FRUTOS MADUROS |
NOME COMUM: JUÁ-DO-JEQUITINHONHA vem do tupi guarani e significa “fruto amarelo”. Também recebe o nome de juá açu laranja ou juá-açu vermelho ou fruta-de-casca-arenosa.
ORIGEM: Espécie muito rara e
ocasional, aparecendo como planta escandente crescendo apoiada sobre outras nas
florestas do vale do rio Jequitinhonha em Minas Gerais, sendo este o único
lugar conhecido onde ainda existe essa rara frutífera.
Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Solanum_schizandrum
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OBSERVAÇÕES: Frutífera rara, conhecida apenas por antigos moradores da região de origem em Minas Gerais, Brasil. A fruta foi encontrada pelo amigo Dalmo Meneses da Cunha numa feira regional no ano de 2.016, então ele me mandou uma fruta que pude cultivar e produziu essa rara e magnifica espécie que começou a produzir deliciosos frutos no ano de 2.018.
Características: Planta perene, arbustiva, ramificada, com ramos escandentes que crescem se apoiando e se enroscando em outras arvores ou em um suporte projetado para ela. Se for cultivada na sombra de arvores a planta cresce como um cipó até a copa das arvores. O caule é lenhoso, espesso, com vários espinhos achatados lateralmente com ponta aguda, a casca do caule é castanho escuro e este chega a medir 2,5 a 7 cm de diâmetro. A planta é facilmente identificada por se observar os ramos novos e brotações, que são pulverulentos parecendo que estão cobertos de areia. As folhas são simples, alternas, papiráceas (textura de papel), as jovens são sinuadas e angulosas e as mais velhas tem margem lisa ou lobada (com recortes pouco profundos), medindo 08 a 20 cm de comprimento por 5 a 9 cm de largura. A base da lamina é cuneada (como cunha) e ápice apiculado (com ponta curta); com nervuras dorsais salientes e alguns espinhos. A inflorescência é cimosa (cacho com forma piramidal) com até 2 a 10 flores, com pedúnculo (haste ou suporte) medindo de 2 a 15 cm de comprimento. A flor é formada de cálice (invólucro externo) verde e com pelos estrelados com 5 lobos (recortes) e corola (invólucro interno) com 5 pétalas brancas. O fruto é uma baga globosa de 3,5 a 6,6 cm de diâmetro, com cálice persistente, tendo casca firme de cor alaranjada quando madura coberto por uma camada pulverulenta semelhante a areia. A polpa é alaranjada, suculenta, saborosa contendo muitas sementes pequeninas e pretas.
Dicas para cultivo: Planta de crescimento rápido que deve ser cultivada preferencialmente em pleno sol. A planta tem ciclo perene, aprecia climas subtropicais, suportando temperaturas mínimas de - 3 graus e máximas de 35 graus. Vegeta bem em altitudes variando desde os 300 m até 1.000 m. Aprecia solos profundos, úmido, acido (com pH entre 4,8 a 5,8), com constituição arenosa e argilosa, apreciando também latossolos vermelhos ou amarelados. É preciso plantas no mínimo 2 plantas para uma melhor frutificação. As plantas iniciam a frutificação com 1 a 2 anos após o plantio e frutifica por mais de 6 anos seguidos.
Mudas: As sementes são discoides, achatas e pequenas de cor preta e após limpas sob peneira na água corrente e secas ao sol podem ser guardadas em frascos por mais de 1 ano. Convém semear as sementes em jardineiras de 50 cm de comprimento, 20 cm de largura e altura contendo substrato feito de 40% de terra vermelha, 40% de matéria orgânica bem curtida e 20% de areia. Cobrir as sementes com fina camada e irrigar delicadamente. A germinação ocorre em 30 a 40 dias e as plântulas podem ser mudadas para sacos individuais quando estiverem com 10 cm de altura. Após o transplante deixe-as na sombra plena por uns 30 dias até o completo pegamento. As mudas atingem 40 cm de altura com 6 a 7 meses após a germinação.
Plantando: Pode ser plantada em pleno sol, se o objetivo é uma produção mais rápida dos frutos e ter uma planta arbustiva; ou pode ser cultivada na sombra de bosques com arvores onde a planta se tornará um cipó e deixará cair os frutos quando maduros. Plantar num espaçamento entre plantas de 4 x 4 m. As covas devem ser abertas com 2 meses antes do plantio e devem ter 50 cm nas três dimensões e ser preparada adicionando 300g de calcário e 500 g de cinzas e 4 a 5 pás de matéria orgânica bem curtida. A melhor época de plantar é nos meses de setembro a outubro, e depois irrigar quinzenalmente nos primeiros 3 meses. Também podem ser cultivadas em parreiras
Cultivando: Fazer apenas podas de formação e eliminar os brotos que nascerem na base do caule. Caso o local tenha muito vento, convém fincar uma taquara para se amarrar a planta. No inverno se faz a poda de limpeza tirando os galhos secos e cortando os ponteiros que estiverem inclinados para o chão. Adubar nos meses de setembro a outubro com composto orgânico, pode ser 2 a 3 pás de matéria orgânica bem curtida + 30 gr de N-P-K 10-10-10 distribuídos em sulcos a 30 cm do caule. Manter cobertura morta por volta do pé para manter a umidade.
Usos: Frutifica nos meses de maio a dezembro. A planta pode ser plantada para fazer parte de enriquecimento de áreas já reflorestadas, provendo alimento para a fauna em geral. Os frutos são comestíveis in natura, sendo muito saborosos com gosto que lembra uma mistura de maracujá com kiwi. Também podem ser usados para fazer sucos deliciosos que fica com gosto de melão com kiwi podendo também ser utilizados em pratos salgados. A espécie tem grande potencial para ser cultivado comercialmente como uma frutífera de mesa para consumo in natura ou para sucos por ser rustica, precoce e muito produtiva.
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