HYMENAEA MARTIANA FAMÍLIA DAS FABACEAS –
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Planta no inicio da brotação |
Flores |
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Frutos na árvore |
Frutos e sementes |
NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: JATOBÁ-MIRIM vem do Tupi Guarani e significa: “Fruto de casca dura” e o adjetivo mirim quer dizer fruto pequeno. Também é chamado de Jatibá do Mato e Jutaí do cerrado.
ORIGEM: Essa é uma espécie mais rara de jatobá que ocorre de forma irregular e descontinua no cerrado e nas várzeas da caatinga, estando presente nos estados de Tocantins, Ceará, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, Brasil. Mais informações no link: http://servicos.jbrj.gov.br/flora/search/Hymenaea_martiana
OBSERVAÇÕES: Encontramos essa rara espécie de jatobá em nossas expedições pela floresta semidecidual em transição pelo cerrado no município de Angatuba – SP no inicio da primavera em 2.016. O fruto dessa espécie é mais doce, não tem cheiro forte e ruim e a polpa farinácea não gruda no céu da boca como a espécie de jatobá comum. – TEMOS MUDAS DISPONIVEIS DESSA RARIDADE!
CARACTERISTICAS: Quando cultivado cresce de 8 a 10 m de altura com diâmetro do tronco de 40 a 80 cm na DAP (altura do peito). A copa é arredondada, densa e os galhos são bifurcados e irregulares. O tronco é reto, cilíndrico, com casca sulcada de coloração, cinza clara com manchas irregulares causado pelo crescimento de arestas a medida que o tronco cresce. As folhas são bifoliadas (com 1 par de folíolos), brilhantes, cartáceos (com textura de cartolina), com forma de pata de vaca, os quais são avermelhados na brotação. O pecíolo (haste ou suporte) é de cor castanha, mede 1 a 2 cm de comprimento, tem púlvino (dilatação) na base e ápice (característico da família) e bifurca-se no ápice em 2 peciólulos (hastes secundarias) de 2 a 4 mm de comprimento. A base da folha é obliqua (desigual) e o ápice é apiculado (com ponta curta), lanceolado (em forma de lança) a nervação é peninérvea (como pena) e perceptível ou saliente na face dorsal, e a margem é lisa. As flores são hermafroditas, surgem em panículas (cacho composto) corimbosas (que saem dum mesmo eixo, mais terminam na mesma altura) ou em racemo (cacho com forma indefinida) terminal, com uma media de 4 a 12 flores de 1,6 cm de diâmetro que são protegidas quando em botão por 2 brácteas (tipo de folha modificada) veludosas. A flor quando aberta exibe pétalas e estames brancos.
Dicas para cultivo: E uma arvore bastante rudimentar, pois na natureza, ocorre em terras arenosas ou argilosas em locais de altitude superior a 600 m, suportando muito bem períodos de 3 a 5 meses sem chuva. Pode ser cultivada desde o nível do mar até 1.800 m de altitude. No que se refere a chuvas aprecia índices variando de 1.200 a 2.000 mm anualmente. Com respeito ao tipo de solo, aprecia os terrenos bem drenados, profundos, ricos em matéria orgânica, arenosos, latossolos vermelhos ou argilosos, onde o pH é muito variável, de 4,5 a 7,0 dependendo do ambiente. A árvore é muito resistente a temperaturas baixas suportando até 3 graus negativos. A árvore começa a frutificar com 8 a 10 anos após o plantio.
Mudas: sementes são grandes e tem tegumento ou casca dura e por isso é dormente nas condições ambientais, podendo ser armazenada quando seca e limpa por até 2 anos. O melhor método para germinar as sementes é semear sementes frescas tão logo que sejam despolpadas. Convém colocar uma semente por embalagem com dimensões de 7 cm de diâmetro e 22 cm de altura, preenchidos com substrato composto de 30%¨de areia saibro, 40% de composto orgânico (1 parte de esterco e 3 de folhas ou capim) bem curtido e 30% de terra vermelha. A germinação ocorre em 25 a 40 dias; as plântulas recém germinadas devem ficar em ambiente protegido com 50% de sombra e ser irrigadas somente para manter a terra umedecida. O crescimento das mudas é rápido, atingindo 40 cm de altura com 3 a 4 meses após a germinação. Quando as mudas atingirem 30 cm é bom colocá-las em pleno sol para o caule ficar mais forte e as mudas mais resistentes.
Plantando: Pode ser plantada num espaçamento de 7 x 7 na região sudeste e sul ou 10 x 10 m nas regiões centro-oeste, norte e nordeste. As covas devem ser preparadas com 60 dias antes do plantio e ser abertas com 50 cm nas três dimensões e ser misturados aos 30 cm da terra de superfície 8 kg de matéria orgânica bem curtida, 1 kg de cinza, 250 g de farinha de osso e 50 g de N-P-K 10-10-10. A melhor época de plantio é de outubro a dezembro. A irrigação deve ser feita após o plantio da muda e uma vez por semana molhar com 10 l de água se não chover seguindo esse procedimento nos primeiros 3 meses após o plantio.
Cultivando: É indispensável a capina para que o mato não sufoque a planta, nesse estagio também é importante colocar capim seco na coroa da planta para manter a umidade e manter a temperatura do solo mais baixa para o bom desenvolvimento das raízes. A poda de formação segue 2 critérios; se o objetivo é produção de madeira todos os ramos laterais devem ser podados até que cresça na altura de 2 ou 3 m, para que produza um fuste (tronco) reto; e se o objetivo é a colheita de frutos convém podar o broto terminal e selecionar 3 ou 4 ramos para que cresçam e formem uma copa mais baixa. A adubação pode ser feita anualmente com 4 kg de composto orgânico bem curtido + 50 g de N-P-K 6-14-8 até o oitavo ano de idade, a partir do nono ano, coloca-se o dobro. Os adubos são distribuídos em círculos iniciando o a primeira adubação a 20 cm do tronco, a segunda a 40 cm e assim sucessivamente.
Usos: Frutifica nos meses de agosto a novembro. Os frutos contém uma polpa farinácea de agradável sabor, lembrando paçoquinha de amendoim com farinha de milho. A polpa dos frutos frescos pode ser consumida in natura ou batida com leite ou transformada em gemada que é considerado um forte remédio para afecções pulmonares ou para curar a anemia. Além disso, a farinha feita do fruto de Jatobá já seco pode ser usada na fabricação caseira ou industrial de bolos, tortas, pães, bolachas, bolinhos fritos, sequilhos, mingaus, licores, doces com chocolate ou coco, geleias, mousses e sorvetes. A polpa do Jatobá misturada com água e fermentada dá origem a uma bebida alcoólica chamada de atole e muito apreciada pelos povos do Peru e América central. A farinha de Jatobá é tão nutritiva como o fubá de milho. A arvore também pode ser cultivada como ornamental em praças, parques ou na entrada de fazendas. Também não deve faltar em projetos de reflorestamento pois seus frutos alimentam diversas espécies de animais.
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