EUGENIA PARANAPANEMENSIS

 

FAMÍLIA DAS MYRTACEAE

 

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ARVORE - TRONCO

FOTO DO DIA DA DESCOBERTA DA ESPÉCIE EM ANGATUBA SP EM NOVEMBRO DE 2022.

FRUTOS

FRUTOS E SEMENTES

 

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: PITANGA AMARELA DO PARANAPANEMA. Espécie nova descrita em 2022 e encontrada pela primeira vez na natureza pelo biólogo Paulo H. S. A. Camargo, no município de Paranapanema, SP em 2017 a 2019.

 

Origem: Endêmica, exclusiva e muito rara, ocorrendo apenas na floresta semidecidual dos municípios de Paranapanema e Angatuba, São Paulo, Brasil. Mais informações no link: https://www.researchgate.net/publication/361476726_Eugenia_paranapanemensis_Myrtaceae_The_Pitanga-amarela_and_a_Key_to_Eugenia_sect_Eugenia_Species_from_Sao_Paulo_State_Brazil

e em:

https://g1.globo.com/sp/itapetininga-regiao/noticia/2022/08/07/biologa-descobre-nova-especie-de-arvore-da-mesma-familia-da-pitanga-no-interior-de-sp.ghtml

 

OBSERVAÇÕES: Espécie muito rara, que estamos reproduzindo para multiplicar a espécie e salvar da extinção, pois até o momento só se tem registro e 3 plantas adultas na natureza, sendo 2 encontrada num fragmento no município de Paranapanema SP e Outra encontrada por mim (Helton Josué) em 2022 numa área preservada em Angatuba – SP, conforme ilustra a primeira foto.

 

Características: Arvore de grande porte, quando na natureza atinge de 22 a 28 metros de altura com copa cilíndrica e pequena, e trinco esguio com 30 a 60 cm de diâmetro com casca rugosa pardacenta e descamando em placas papiráceas estreito alongadas de cor pardo acinzentadas. Quando cultivada a planta atinge no máximo 8 metros de altura. Essa espécie pode ser facilmente identificada por se observar os ramos jovens achatados.  As folhas são, opostas, alternas, cartáceas (textura de cartolina), verdes escuras na superfície superior e de coloração mais clara no dorso, sob pecíolo (haste ou suporte) canaliculado (como canaleta) de 5 a 7 mm de comprimento. A lamina foliar é elíptica (alongada e afunilada para o ápice), medindo 4 a 7,5 cm de comprimento por 1,7 a 3,2 cm de largura, com base cuneada (forma de cunha) e ápice acuminado (com ponta longa). As flores nascem no ápice das brotações formadas no inicio da primavera e são caracterizadas por surgirem em racemo (cacho curto) com 1 par de flores com 2 brácteas (tipo de folha modificada) de 2,7 a 4,5 mm de comprimento. As flores medem de 1,7 cm quando abertas e tem pétalas arredondadas brancas e anteras (glândulas que carregam os grãos de pólen) amarelados. Os frutos são globosos, e deprimido na base e ápice com forma de pneu e medem 1,7 a 2,5 de altura por 1,5 a 4 cm de diâmetro, têm epicarpo (pele) fina de cor amarela e endocarpo (massa ou parede do fruto) também amarelo com textura suculenta envolvendo de 1 a 6 sementes pequenas de 6 a 8 mm de diâmetro.

 

Dicas para cultivo: Planta de moderado crescimento e resiste a baixas temperaturas (até – 5 graus), pode ser cultivada ao nível do mar e até a 1.500 m de altitude. Aprecia diversos tipos de solos, desde arenosos, turfosos e até arenosos, mais estes devem ser profundos, úmido, neutro (com pH ente 5,0 a 6,2). É preciso plantas no mínimo 2 plantas para uma melhor produção. Começa a frutificar com 4 a 6 anos após o plantio a depender do tipo do solo, clima, irrigação e tratos culturais.

 

Mudas: As sementes são recalcitrantes (perdem o poder germinativo em 20 dias se forem secas), arredondadas e as vezes com um lado plano. Estas germinam em 50 a 90 dias, se plantadas em substrato feito de 40% de terra, 20% de areia e 40% de matéria orgânica. As sementes podem ser semeadas em jardineiras ou canteiros e depois quando estiverem com 10 cm de altura podem ser transplantadas para embalagens individuais que devem ser deixadas em local com sombreamento de 50%. As mudas atingem 35 cm com 15 meses após a germinação.

 

Plantando: Pode ser plantada a pleno sol como em bosques com arvores grandes bem espaçadas. Espaçamento 5 x 5 m ou 6 x 6 m entre plantas. É bom fazer covas de 50 cm nas três dimensões e prepará-las com 2 meses de antecedência misturando aos 30 cm da terra inicial da cova 50 gramas de farinha de osso, 150 gramas de cinzas e cerca de 6 pás de matéria orgânica. A melhor época de plantio no local definitivo é de setembro a novembro. Após o plantio irrigar a cada quinze dias nos primeiros 3 meses, depois somente se faltar água na época da florada.

 

Cultivando: Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar os galhos que nascerem na base do tronco. Adubar com 50 gramas de farinha de osso, 100 gramas de cinzas e 5 pás de composto orgânico ou 2 pás de cama de frango bem curtido, dobrando essa quantia a cada ano até o 3ª ano, depois manter essa adubação.

 

Usos: Frutifica nos meses de outubro a novembro. Os frutos são consumidos in natura e muito apreciados apesar de ter um sabor acidulado. Os frutos sem sementes são ótimos para se fazer bolo e também servem para fabricar sucos, sorvetes e geleias. Com a polpa se pode fazer um frisante ou bebida fermentada muito saborosa. As flores são apícolas e a arvore é ornamental por causa do seu porte grande e tronco com casca descamante em tiras robustas. Precisa ser plantada em áreas de reflorestamento para perpetuar essa rara espécie.

 

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